sábado, 28 de julho de 2012

O Dia do Chacal - Frederick Forsith

Forsyth teve a ideia de escrever um livro em que poria à prova os métodos de investigação de sua atividade como repórter, como tema as tentativas da extrema direita francesa de assassinar o General Charles De Gaulle, presenciadas pelo autor, na Paris de 1962.
Essa atitude fora despertada pelo próprio de Gaulle, ao descolonizar a Argélia, provocando descontentamento popular e de oficiais do exército francês. Uma organização clandestina, a Organização do Exército Secreto (OES), contrata um assassino profissional, o Chacal, que começa por planejar a morte do presidente. O estopim para tal decisão fora o fuzilamento do Tenente-Coronel Jean-Marie Bastien-Thiry, último tentar de assassinar o presidente.
O ponto negativo do livro é que o autor faz questão de descrever minuciosamente todos os fatos e ações relacionados a cada personagem. E assim é a narração de todo o preparo para o crime.
Ao mesmo tempo, também “assistimos” ao comissário da polícia francesa tentando capturar Chacal antes que este consume seu atentado. E ainda há o envolvimento da Scotland Yard.
Apesar de ser um pouco prolixo, o livro é bom, faz um bom panorama histórico e tem uma boa base investigativa.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Resultado da Enquete O Que Você Lê Mais?

O resultado foi o seguinte:

Romance                             46(49%)
Contos                                    3(3%)
Poesia                                     4(4%)
Biografia                                2(2%)
Ficção                                 35(37%)
Auto ajuda                             1(1%)
Texto acadêmico-científico   2(2%)

sábado, 21 de julho de 2012

Carrie, a estranha - Stephen King

O primeiro livro publicado por Stephen King conta a história de Carietta "Carrie" White, uma adolescente estigmatizada e dotada de poderosos dons telecinéticos, educada por sua mãe, Margaret White(uma fanática religiosa de dar ódio), com brutalidade e ameaças de condenação.
Na escola Carrie, que sempre enfrentara a perversidade das outras crianças por causa das loucuras de sua mãe, vê tudo se tornar pior quando tem sua primeira menstruação, enquanto toma banho após uma aula. Ela não fazia ideia do que se tratava, pois sua mãe jamais falara com ela a respeito. Suas colegas usam a situação como o supra-sumo da chacota.
Ela começa a se lembrar de incidentes em sua vida que podem ser atribuídos à telecinese, por exemplo, uma chuva de pedras em sua casa quando tinha apenas três anos. Ela pratica os seus poderes em segredo, até obter total controle.
Sue Snell, que, antes, também caçoara de Carrie, arrependida pelo que fizera à ela, convence o seu namorado, o popular Tommy Ross, a chamá-la para o Baile da Primavera.
Chris Hargensen, a líder das que tiram a paz de Carrie, faz com que seu namorado prepare uma armadilha de forma que dois baldes com sangue de porco caiam sobre Carrie quando ela for coroada rainha do Baile da Primavera, o que seria arranjado por Chris.
Carrie ensopada de sangue de porco. Todos riem dela, que então, abandona o ginásio onde ocorre a festa e decide usar seus poderes de telecinese como vingança.
O resultado é uma destruição sem fim que valhe a pela ler para saber!
Pra mim este é o melhor livro do King.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O Homem e a Morte - Manuel Bandeira

O homem já estava deitado
Dentro da noite sem cor.
Ia adormecendo, e nisto
À porta um golpe soou.
Não era pancada forte.
Contudo, ele se assustou,
Pois nela uma qualquer coisa
De pressago adivinhou.
Levantou-se e junto à porta
- Quem bate? Ele perguntou.
- Sou eu, alguém lhe responde.
- Eu quem? Torna. – A Morte sou.
Um vulto que bem sabia
Pela mente lhe passou:
Esqueleto armado de foice
Que a mãe lhe um dia levou.
Guardou-se de abrir a porta,
Antes ao leito voltou,
E nele os membros gelados
Cobriu, hirto de pavor.
Mas a porta, manso, manso,
Se foi abrindo e deixou
Ver – uma mulher ou anjo?
Figura toda banhada
De suave luz interior.
A luz de quem nesta vida
Tudo viu, tudo perdoou.
Olhar inefável como
De quem ao peito o criou.
Sorriso igual ao da amada
Que amara com mais amor.
- Tu és a Morte? Pergunta.
E o Anjo torna: - A Morte sou!
Venho trazer-te descanso
Do viver que te humilhou.
-Imaginava-te feia,
Pensava em ti com terror...
És mesmo a Morte? Ele insiste.
- Sim, torna o Anjo, a Morte sou,
Mestra que jamais engana,
A tua amiga melhor.
E o Anjo foi-se aproximando,
A fronte do homem tocou,
Com infinita doçura
As magras mãos lhe cerrou...
Era o carinho inefável
De quem ao peito o criou.
Era a doçura da amada
Que amara com mais amor.

sábado, 14 de julho de 2012

Treze à Mesa - Agatha Christie

Sempre, a Rainha do Crime!
Neste romance, Poirot se envolve acidentalmente com o assassinato do célebre Lord Edgware. A principal suspeita da polícia é Jane Wilkinson, esposa do nobre, que teria motivos para matá-lo. No entanto, no dia seguinte ao crime, um jornal publica um artigo sobre uma festa que contara com treze convidados, incluindo Jane.
Com a ajuda de seu fiel amigo, Hastings, Poirot procura solucionar esse mistério onde nada é o que parece ser.
Quando Jane falara de seu plano para “livrar-se” do marido, Poirot estava presente, mesmo assim, o grande detetive continuava com a impressão de que estavam tentando iludi-lo. Afinal, qual seria o motivo agora que o aristocrata finalmente se dispunha a dar o divórcio?
Uma das passagens mais empolgantes é quando Poirot chega a conclusão de que o relado da empregada de Lorde Edgware, que diz ter aberto a porta para Lady Edgware e que ela fora falar com o marido, tendo o corpo sido encontrado momentos depois, era uma mentira parcial.
Outra é quando aparece um segundo assassinato na história...

sábado, 7 de julho de 2012

Os Herdeiros de Hammerfell - Marion Zimmer Bradley

Este pequeno livro tem o poder de, já em suas primeiras páginas, lançar-nos no universo darkovano em sua totalidade.
Assim como em A Rainha da Tempestade e em A Dama do Falcão, em os Herdeiros de Hammerfell Marion Zimmer Bradley brinda o leitor com toda sua capacidade literária, na forma de uma leitura tão prazerosa quanto surpreendente.
Uma antiga rivalidade de sangue entre os reinos de Hammerfell e Storn e um derradeiro ataque, levando quase ao golpe final. O incêndio do castelo de Hammerfell e a morte de seu lorde obrigam sua dama, a jovem Erminie, a fugir pela noite com os filhos gêmeos, Alastair e Conn, ainda bebês de colo.
Conn é separado da mãe naquela caótica noite, mas ela e Alastair encontram abrigo em Thendara, entre ricos parentes dotados de laran. Mas Conn também sobrevive, e é criado em segredo entre aqueles que querem a destruição de Storn, sob a proteção de Markos, velho amigo do antigo duque de Hammerfell.
Só depois que o laran de Conn se desenvolve que seus destinos finalmente se interpõem. E a reunião dos irmãos pode dar cabo definitivamente de Hammerfell ou definir uma nova ascensão. Esse potencial ambíguo dá um ânimo especial à história que é curta mas inesquecível!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Boca de Forno - Manuel Bandeira

Cara de cobra,
Cobra!
Olhos de louco,
Louca!

Testa insensata
Nariz Capeto
Cós do Capeta
Donzela rouca
Porta-estandarte
Jóia boneca
De maracatu!

Pelo teu retrato
Pela tua cinta
Pela tua carta
Ah tôtõ meu santo
Eh Abaluaê
Inhansã boneca
De maracatu!

No fundo do mar
Há tanto tesouro!
No fundo do céu
Há tanto suspiro!
No meu coração
Tanto desespero!

Ah tôtô meu pai
Quero me rasgar
Quero me perder!

Cara de cobra
Cobra!
Olhos de louco,
Louca!
Cussaruim boneca
de maracatu!