sábado, 30 de maio de 2015

Os Heróis do Olimpo: Sangue do Olimpo - Rick Riordan

A sequencia de A Casa de Hades, começa logo onde sue antecessor para, e segue com a acelerada aventura dos semideuses. O livro fecha a série Os Heróis do Olimpo, iniciada em O Herói Perdido, e que se propõe a misturar mitologia grega com romana. Outra mitologia já abordada pelo autor foi a egípcia, na trilogia As Crônicas dos Kane. Também já foi divulgado que ele escreverá uma série sobre mitologia nórdica. (será que encontrarei relação com o que Bernard Cornwell usa em suas Crônicas Saxônicas)
O desafio agora é chegar a Atenas a tempo de impedir o despertar de Gaia. Entre as escolhas, os heróis devem se decidir por atravessar a Grécia de oeste a leste, ou rodeá-la pelo sul, percorrendo um caminho maior, mas evitando um alta concentração de monstros.
Paralelamente, Nico, Reyna e o treinador Hedge devem levar a Atena Partena até os Estados Unidos, cruzando meio mundo, e devolvê-la aos gregos na tentativa de reunificar os deuses para que eles possam lutar ao lado dos semideuses, pois essa é a única maneira de derrotar os gigantes.
Atravessando toda a trama há uma aflição extra, a profecia diz que um dos sete semideuses deverá morrer antes do fim da missão...

Continuo sendo grande fã do Riordan, mas continuo achando que a série inicial, Percy Jackson e os Olimpianos, é sua obra prima. Quem sabe os nórdicos não mudam minha opinião.

sábado, 23 de maio de 2015

A Máquina do Tempo - H. G. Wells

Depois de ler e me impressionar com A Ilha do dr. Moreau, comprei e logo li A Máquina do Tempo, ainda que temendo não encontrar a mesma qualidade literária.
Embora este romance seja anterior à Ilha, é do mesmo calibre. O leitor que começar por um ou pelo outro, com certeza, procurará ler mais do autor.
E mais, há que se levar em conta a beleza e a qualidade da edição e da tradução. A Alfaguara, que publica esse livro (bem como outros livros do mesmo autor — A Ilha do dr Moreau; O Homem Invisível; A Guerra dos Mundos — e de autores como Vladmir Nabokov, que escreveu Lolita, e Ian Fleming, criador do 007) é um selo da editora Objetiva, que foi comprada pelo grupo espanhol Santillana, que hoje pertence ao conglomerado multinacional Penguin Random House. Eu fiz questão de mencionar essa internacionalização da editora porque desde que ela foi comprada, ela vem crescendo no mercado brasileiro. Mais sobre a história da editora pode ser lido no próprio site.
Tudo isso, pra dizer o quão caprichada é a edição desse livro (bem como dos demais citados).
Na história, o personagem, conhecido apenas como Viajante no Tempo, desenvolve, com base na matemática e na engenharia, uma máquina capaz de se mover no tempo, a quarta dimensão (sendo as outras três referentes ao espaço). Como teste, ele viaja até o ano 802701, e encontra o mundo transformado. Quase não há sinais de humanidade. Há, entretanto, os Elóis, pacíficos e dóceis humanoides que recebem o Viajante com uma curiosidade passageira.
Com o passar dos dias, o Viajante nota uma segunda raça de humanoides, os Morlocks, ferozes predadores que se alimentam dos Elóis.
Ao mesmo tempo em que é ficção científica, é também uma alegórica paródia da sociedade pós-industrial.

sábado, 16 de maio de 2015

Leviatã: a missão secreta - Scott Westerfeld

De volta a Scott Westerfeld e sua ficção científica contemporânea, Leviatã também tem o potencial interdisciplina a que eu me referia mês passado, pois envolve história, literatura e ciência. Diferentemente da distopia Feios, a série iniciada em Leviatã se enquadra no estilo steampunk, em que a história se passa num passado que já contava com as tecnologias de hoje.
Nesse caso específico, Westerfeld utilizou o contexto da Primeira Guerra Mundial, em que a Europa se dividiu ente os aliados da Alemanha (Tríplice Aliança) e os aliados da Inglaterra (Tríplice Entente). O autor mantém alguns fatos histórico inalterados e muda a interpretação de outros, mas a principal alteração está nas tecnologias disponíveis e utilizadas no conflito. 
Nesta versão, a Tríplice Aliança são os Mekanistas, que desenvolvem máquinas bélicas surreais para contrapor a Tríplice Entente, ou os Darwinistas, que se utilizam de engenharia genética para misturar espécies e gerar monstros híbridos como armamentos.
Em bora acompanhemos a missão relatado no livro pelo lado Darwinista, seguimos a experiência de Aleksander Ferdinand (Alek), príncipe do império Autro-Húngaro, que foge de seu país após ter os pais assassinados. Alek encontra com Deryn Sharp, uma garota que se finge de garoto para ingressar na Força Aéria Britânica.
A trama se passa com os jovens a bordo do Leviatã, uma espécie de nave secreta dos Darwnistas, contituída da mistura de diversos seres marinhos, sendo o principal, uma imensa baleia.
O livro é ricamente ilustrado, colaborando na compreensão das criações tecnológicas inventadas por Westerfeld.

sábado, 9 de maio de 2015

It: a coisa - Stephen King

King é famoso por escrever livros de terror prodigiosamente longos. E, embora eu tenha em minha biblioteca alguns livros dele bem curtinhos e sempre ressalte que ele está mais para escritor de fantasia do que de terror, este cabe perfeitamente no estereótipo. Esta edição tem mais de 1100 páginas e a história é basicamente sobre o medo.
Digo essa edição porque o livro tem uma história curiosa no Brasil: alguns dos primeiros livros do King foram traduzidos nas décadas de 1980 e 1990, mas de lá para cá não foram reeditados (nem reimpressos!), como A Coisa, Angústia (do falarei em um futuro próximo), A Metade Negra, Cujo, A Hora do Lobisomem e outros. Esses livro entraram, então, para a categoria de livros raros, e são encontrado com preços muito flutuantes (de R$90,00 até R$500,00 — por livro de segunda, ou terceira, ou quarta... mão). Recentemente, o selo editorial Suma de Letras, da Editora Objetiva, vem retraduzindo, revisando e republicando livros do autor. No ano passado, ela surpreendeu aos leitores (pelo menos esse leitor foi prego de surpresa) com nova versões de Angústia e A Coisa. Numa prova de cuidado no que tange a tradução, os títulos desses romances foram revisto também, ficando, respectivamente, Misery: louca obsessão e It: a coisa.

Curiosidades do mercado editorial à parte, vamos à história do livro:
Podemos dizer que o livro conta a história do medo. Ou a da vida de sete amigos que se conhecem na infância, se afastam na adolescência e se reencontram na vida adulta, unidos pela mesma aberração. Ou até que é a história de um monstro conhecido como "a Coisa", que se apresenta como o palhaço Pennywise, um metamorfo que pode assumir a forma que mais assuste suas vítimas, aparecendo para cada um como um monstro diferente. Mas eu prefiro dizer que é a história de Derry, uma pequena cidade no Maine que recebe, mais ou menos a cada 27 anos, uma visita indesejada (King também fala sobre Derry em Novembro de 63 e Insônia).
A história de Derry é marcada por tragédias periódicas. Desde sua fundação, a cidade acumula pequenos desastres e ainda conta com a maior taxa de desaparecimento de crianças de toda a região da Nova Inglaterra. Esses desaparecimentos se tornam mais intensos uma vez a cada três décadas.
No verão de 1958, Bill, Richie, Sta, Mike, Eddie, Ben e Beverley se unem para enfrentar o pior de todos os pesadelos. O irmão de Bill, Geoge de seis anos, fora misteriosamente assassinado; nos meses que seguiram, outras crianças da cidade também foram encontradas mortas ou consideradas desaparecidas. Cada um deles consegue escapar de um encontro individual com a Coisa.
Juntos, eles conseguem banir a monstruosidade, pelo menos, pelo tempo necessário para terminarem a infância e atravessarem a adolescência. O curso de suas vidas os separa poucos anos depois de conhecerem a Coisa, mas em 1985 os desaparecimentos recomeçam e eles são chamados de volta a Derry para reencontrar seus mais profundos medos.

sábado, 2 de maio de 2015

Lolita - Vladimir Nabokov

O livro se tornou tão famoso que o próprio termo dispensa apresentações. Entretanto o nome do autor só é conhecido em círculos literários, mas é muito bem quisto nesses círculos, pois a qualidade de sua obra é um grande feito.
Já há muitos anos eu ensaiava ler esse livro, mas recentemente a vontade ser tornou maior, pois dois amigos o leram e recomendaram. Por sorte, eu encontrei essa edição da Alfaguara bem baratinha.
Logo no começo minha reação foi "Ual!", devido ao alto padrão do vocabulário. A primeira vez que me surpreendi foi logo no prefácio, em que o narrador é descrito como laboriosamente idiossincrático.
À medida que eu avançava pelos longos parágrafos do livro percebia que ele não seria bem como eu imaginara. Eu esperava ler a história de Lolita, uma jovem menina-adolescente que se envolve com um homem mais velho. No entanto o livro é, na verdade, sobre um homem adulto, Humbert Humbert (que em é tão velho — está na casa dos trinta), que é obcecado pelo que chama de "meninas púberes", jovens entre 12 e 14, na transição entre a infância e a adolescência.
O livro é escrito em primeira pessoa, e Humbert descreve toda sua vida até encontrar Lolita. De seus primeiros amores, ao como ele não se sente atraído por mulheres adultas.
Embora seja considerado um romance erótico, há polca menção ao sexo, sem cenas de explicita vulgaridade, não obstante, foi o suficiente para chocar a muitos nos anos 1950.
Mais marcante que o teor sexual (ou a sugestão do apelo sexual) é a obsessão absoluta de Humbert por menininhas.

O livro conta com um prefácio escrito pelo próprio Nabokov, mas atribuído a um fictício amigo de Humbert, que adverte "[...] ainda mais importante [...] é o impacto ético que o livro há de ter sobre o leitor sério; pois neste pungente estudo pessoal oculta-se uma lição para todos; a criança obstinada, a mãe egoísta, o maníaco ofegante — não são meros personagens vivamente descritos numa  história singular: eles nos advertem contra tendências perigosas; eles nos apontam males poderosos. Lolita devia fazer com que todos nós — pais, assistentes sociais, educadores — nos dedicássemos com vigilância e consciência ainda maiores à tarefa de criar uma geração melhor  num mundo mais seguro".