Este ano vou fazer um especial de Manuel Bandeira, então lá vai o primeiro poema.
Menipo
Menipo, o zombeteiro, o Cínico vadio,
Ia fazer, enfim, a última viagem.
Mas ia sem temor, calmo, atento à paisagem
Que se desenrolava à beira do atro rio.
E chasqueava a sorrir sobre o Estige sombrio.
Nem cuidara em trazer o óbulo da passagem!
Em face de Caronte, a pavorosa imagem
Do barqueiro da Morte olhava em desafio.
Outros erguiam no ar suplicemente as palmas.
Ele, avesso ao terror daquelas pobres almas,
Antes afigurava um deus sereno e forte.
Em seu lábio cansado um sorriso luzia.
E era o sorriso eterno e sutil da ironia
Que triunfara da vida e triunfara da morte.
Menipo
Menipo, o zombeteiro, o Cínico vadio,
Ia fazer, enfim, a última viagem.
Mas ia sem temor, calmo, atento à paisagem
Que se desenrolava à beira do atro rio.
E chasqueava a sorrir sobre o Estige sombrio.
Nem cuidara em trazer o óbulo da passagem!
Em face de Caronte, a pavorosa imagem
Do barqueiro da Morte olhava em desafio.
Outros erguiam no ar suplicemente as palmas.
Ele, avesso ao terror daquelas pobres almas,
Antes afigurava um deus sereno e forte.
Em seu lábio cansado um sorriso luzia.
E era o sorriso eterno e sutil da ironia
Que triunfara da vida e triunfara da morte.
Muito boa escolha.
ResponderExcluirAdorei o poema!
Seguindo aqui já. Lá no Sook tem PROMOÇÃO do livro "guardiões". Passe por lá confira e siga o blog.
BjO
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