Cornwell traz de volta suas paredes de escudo, suas
arengas e seus queijos duros.
Ele também traz outro jovem rapaz que crescerá, ganhará poder
e narrará a história de um grande senhor.
Desta vez nosso narrador é Uhtred, filho de Uhtred, filho
de Uhtred que também era filho de um Uhtred, filho de outro Uhtred; pois o
apenas um Uhtred, filho de Uhtred, poderia herdar a fortaleza da família, Bebbanburg
(atual Bamburgh).
Quando Uhtred contava dez anos de idade, seu irmão foi
morto em uma pequena batalha com um grupo de dinamarqueses que começava a
invadir a Inglaterra.
A seguir, seu pai é morto pelo mesmo grupo, em uma batalha
maior. A batalha em que o reino da Nortúmbria
(atual Northumberland) caiu. Foi também nesta ocasião
que Uhtred passou a conviver com Ragnar, o ass
assino de seu irmão, e o homem
que seria um verdadeiro para Uhtred.
Durante sua adolescência, entre os dinamarqueses, Uhtred
aprendeu seu modo de vida e suas crenças (muito melhores do que a chatice que o
padre Beocca tentava lhe ensinar).
Ele também participa da gradativa tomada da Inglaterra, passando dos saxões
para os dinamarqueses.
É também nesse período de sua vida que nosso narrador
conhece o rei de Wessex, Alfredo, o Grande. Wessex é o único dos quatro reinos ingleses
a resistir aos dinamarqueses.
Paralelamente, também na vida de Uhtred, seu tio Aelfric
se apodera de Bebbanburg e chega a tramar a morte do sobrinho para consolidar
seu domínio. Isso serve para manter Uhtred lembrado de seu dever de reaver as
terras da família, mesmo se sentindo cada vez mais dinamarquês.
Mais uma vez Cornwell constrói uma trama capaz de aprisionar
o leitor do começo ao fim, com suas ricas descrições e pesquisas históricas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário