Um clássico libertino, é como este livro - uma seleção de contos - é rotulado, mas de libertino pouco há em suas páginas (imagino que na época em que foi escrito se pensasse diferente).
Na primeira parte do livro, o marquês se mostra um mestre em criar situações tragicômicas, revelando todo o seu bom humor, mas não escreve nada que uma boa moça de família não possa ler.
Ele escreve com uma linguagem ao mesmo tempo rebuscada e ambígua, dando sempre uma divertida conotação erótica, mas não vulgar; talvez seja essa a fonte para quem diz que ele seja libertino. Outra possibilidade é o pouco caso do marquês com os costumes e a falta de medo de dizer a verdade.
Sem contar o fato de dar uma abordagem inadivertidamente à temática da Igreja, não raramente incluindo padres, bispos e abades em peripécias sexuais, como em: "O bispo atolado", "A flor do castanheiro" e "O preceptor filosófico".
Sadismo, é um termo que não se relaciona com os contos e histórias deste livro, embora derive do nome de seu autor: Donatien Alphonse-François, o Marquês de Sade.
Hum, Marquês de Sade é?!?
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