João Cabral de Melo Neto nasceu em Recife no dia 09 de janeiro de 1920, segundo filho de Luiz Antônio Cabral de Melo e de Carmem Carneiro-Leão Cabral de Melo. Primo, pelo lado paterno, de Manuel Bandeira e, pelo lado materno, de Gilberto Freyre. Foi sem dúvidas um dos nomes mais fortes da poesia brasileira.
Já com 18 anos, começa a frequentar rodas literárias, mas é em 1940, já morando no Rio de Janeiro, que é apresentado a Carlos Drummond de Andrade e ao círculo de intelectuais que se reunia no consultório de Jorge de Lima. No ano seguinte, participa do Congresso de Poesia do Recife, ocasião em que apresenta suas Considerações sobre o poeta dormindo.
Em 1942 publica seu primeiro livro, Pedra do Sono. Frequenta, então, os intelectuais que se reuniam no Café Amarelinho e Café Vermelhinho, no Centro do Rio de Janeiro. Entra para a carreira diplomática em 1945, e começa a trabalhar no Departamento Cultural do Itamaraty, depois no Departamento Político e, posteriormente, na comissão de Organismos Internacionais. Em fevereiro de 1947, casa-se com Stella Maria Barbosa de Oliveira, no Rio de Janeiro. Em dezembro, nasce seu primeiro filho, Rodrigo; Inês e Luiz nasceriam, respectivamente, nos dois anos seguintes.
Em 1954 é convidado a participar do Congresso Internacional de Escritores, em São Paulo. Participa também do Congresso Brasileiro de Poesia, reunido na mesma época.
Duas alegrias vêm em 1955: o nascimento de sua filha Isabel e o recebimento do Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras, ao qual se seguiram outras importantes premiações como a de Melhor Autor Vivo do Festival de Nancy; Jabuti, da União de Escritores de São Paulo; Luisa Cláudio de Souza, do Pen Club; o Prêmio Golfinho de Ouro do Estado do Rio de Janeiro; o prêmio do Instituto Nacional do Livro e o Prêmio Luis de Camões, considerado o mais importante prêmio concedido a escritores da língua portuguesa
Depois de inúmeras recolocações e de ter residido e trabalhado em vários países, em 1964 nasce seu quinto filho, João.
João Cabral fez parte da Academia Brasileira de Letras de agosto de 1968 até outubro de 1999, data de sua morte.
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