O frio olhar salta pela janela
para o jardim onde anunciam
a árvore.
A árvore da vida? A árvore
da lua? A maternidade simples
do futuro?
A árvore que vi numa cidade?
O melhor homem? O homem além
e sem palavras?
Ou a árvore que os homens
adivinho? Em suas veias, seus cabelos
ao vento?
(O frio olhar
volta pela janela
ao cimento bruto
do quarto e da alma:
calma perfeita,
pura inércia,
onde jamais penetrará
o rumor
da oculta fábrica
que cria as coisas,
do oculto impulso
que explode em coisas
como na frágil folha
daquele jardim.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário