Diferentemente do livro da semana passada, este me
surpreender apenas positivamente, pois eu esperava não gostar, mas acabei me
encantando. Ganhei o livro há algum tempo e protelei a leitura até que me fosse
conveniente conhecer um novo escritor.
Comecei a ler, apenas para o
tempo passar, sem esperar grande coisa dos contos; lá pelo terceiro, me
encontrei surpreso lendo avidamente. Talvez o que mais tenha me atraído seja
frequência de personagens escritores, falando, ora sobre a escrita, ora sobre a
vida de escritor. Isso e a fuga do lugar comum entre os escritores em língua
espanhola do século XX, que se apegavam a seus contextos lastimosos, e repetiam
a mesma miséria, livro após livro.
Em Chamadas Telefônicas,
Bolaño traz contos que são como contos deveriam ser: um recorde de uma
história, em que fica a encargo do leitor imagina o antes e o depois.
Logo no primeiro conto, "Sensini", o autor diz a que veio, contando a
história de um escritor argentino que se especializou em ganhar concursos literários. Trata-se de um personagem arquétipo na obra do autor: um intelectual latino-americano, retratado como uma mescla instável de rancor e compaixão, que não consegue encontrar seu lugar no mundo.
Por fim, um manisfesto de expectativa: dizem os críticos que Bolaño, usando a repetição de personagens e cenas, constrói, livro a livro, um vasto universo ficcional; assim, espero encontrar uma agradável sensação de déjà vu quando ler um segundo livro do autor.
Por fim, um manisfesto de expectativa: dizem os críticos que Bolaño, usando a repetição de personagens e cenas, constrói, livro a livro, um vasto universo ficcional; assim, espero encontrar uma agradável sensação de déjà vu quando ler um segundo livro do autor.
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