Agradam-me bastante os romances históricos, as biografias
e o que se conta sobre antigos monarcas. Esse livro reúne um pouco de tudo
isso.
O contexto é o final do reinado da rainha Elizabeth I, a
última monarca da dinastia Tudor, filha de Henry VIII (o Henrique VIII da peça de
Shakespeare) o rei que “criou” a Igreja Anglicana (igreja dos anglos, igreja da
Inglaterra).
Em 1588 Elizabeth está no fim de seu reinado. No trona há
30 anos, ela tem 53 anos, nuca se casou e não tem filhos para herdar o trono. Ela
mesma para chegar ao trono teve que enfrentar uma grande dificuldade, pois seu
pai havia rompido com a Igreja Católica para poder se separar de sua primeira
esposa, Catarina de Aragão, e se casar com Anne Boleyn (Ana Bolena), mãe de Elizabeth.
Assim, ao se tornar rainha, além do trono, ela herda um
contenda com Roma e os demais países católicos na Europa. Além de duas guerras
históricas e centenárias, uma com a França e outra com a Escócia. Apesar de
todos esses fatores pesando contra ela, seu reinado ficou conhecido como a
primeira Idade do Ouro da história da Inglaterra.
A narrativa de Elizabeth tem início às vésperas do ataque
da Invencível Armada espanhola no litoral britânico, e se estende por 15 anos,
até sua morte em 1603. Logo nos primeiros eventos do livro podemos perceber os
indícios de como a rainha influenciou toda a história britânica.
Paralelamente ao ponto de vista da monarca, temos também
a narrativa de sua odiada prima, Letice Knollys, condessa de Leicester, que
fora banida da corte elisabetana por ter roubado o único amor de sua prima, o
conde Robert Dudley.
Outros célebres personagens que marcam presença entre as
mais de 800 páginas deste inesquecível romance são, o dramaturgo William
Shakespeare, o explorador Walter Releigh e Francis Bacon e John Dee.
A autora parece ser uma especialista em biografias
romanceadas de grandes mulheres da história, pois consta entre suas obras
também as Memórias de Cleópatra, Maria Madalena e Helena de Tróia.
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