Depois da tragédia final do livro um, encontramos Victor de volta ao Brasil, tentando reconstruir sua vida, baseando-se em sua carreira, dividindo seu tempo entre a instalação da sede latino-americana de um centro internacional de pesquisa sobre História e uma misteriosa consultoria sobre o Oriente Médio para o governo americano em sua Guerra ao Terror.
Nesse clima de levar a vida e trabalhar apenas, ele se apaixona. Por uma aluna!
Difícil imaginar um tabu maior, romance entre professor a aluna, quarentão e recém saída da adolescência. Bravo suaviza a polêmica ao estabelecer que ela era aluna de mestrado, e que só fora aluna por um semestre.
Polêmica maior fica para o histórico do romance. É nesse momento que Bravo presta vênias ao Marquês de Vargas Llosa ao conferir hábitos de menina má à Maria Eduarda. Ao mesmo tempo meiga e libidinosa, faceira e taciturna, Duda dá novo tempero a vida de Victor.
Desde os primeiros meses da relação percebemos o quanto ela muda nosso caro Viking. E quão perigosa ela pode ser, com sua sede de si mesma e com sua instabilidade.
Paralelamente à história de desventura amorosa, o livro aborda/tangencia o eterno problema das condições e maus hábitos da pesquisa universitária no Brasil, com a falta de verba e reconhecimento, e a enfatiza ao comparar com a experiência anterior de Victor, na Inglaterra.
É Impossível pra quem 'viveu' o amor de Victor e Marcella não se enciumar um pouco de Maria Eduarda, mesmo em sua fase doce, afinal, ao devolver o brilho aos olhos de Victor, ela também passa a ocupar o posto de "amor de sua vida".