O Inverno está para chegar (ou o inverno está chegando). Está é a frase mais repetida no livro. Também, pudera, Westeros, a terra fictícia em que se passa a história, é descrita como onde o verão pode durar décadas e o inverno toda uma vida. Logo no prólogo um dos personagens diz:
"[...] Vi homens congelar no inverno passado e no outro antes desse, quando eu era pequeno. Toda a gente fala de neves com doze metros de profundidade, e do modo como o vento de gelo chega do norte uivando, mas o verdadeiro inimigo é o frio. Aproxima-se em silêncio [...] A princípio estremece-se e os dentes batem, e bate-se com os pés no chão e sonha-se com o vinho aquecido e boas e quentes fogueiras. Ele queima, ah, como queima. Nada queima como o frio. Mas só durante algum tempo. Então, penetra no corpo e começa a enchê-lo, e passando algum tempo já não se tem força suficiente para combetê-lo. É mais fácil limitarmo-nos a nos sentar ou adormecer. Dizem que não se sente dor alguma perto do fim. Primeiro, fica-se fraco e sonolento, e tudo começa a se desvanecer, e depois é como afundar num mar de leite morno. [...]"
Dá pra sentir frio só de ler...
Este é, na verdade, o tipo livro que você vai gostando mais e mais a cada uma das quase 600 páginas (lembrando que este é o menor dos 5 livros lançados até agora). E apesar de eu ter lido algumas críticas sobre a tradução (que seria apenas uma adaptação da versão publicada em Portugal, e, portanto, estaria em português lusitano), não percebi nada que atrapalhasse a leitura.
A narrativa é construída a cada capítulo sob a perspetiva de um dos personagens centrais, sempre em terceira pessoa, ligando os fios que tecem a trama.
Westeros é dividido em sete reinos, governados por sete famílias e seus vassalos, acima dos sete senhores está o rei, guardião do território, aquele que ocupa o Trono de Ferro. Robert Baratheon passou a ocupar o trono desde que reuniu aliados e se revoltou contro o Rei Aerys Targaryen, o rei louco (por razões que só são explicadas lentamente durante a leitura).
Após a mal explicada morte da antiga Mão do Rei - um cargo cujo ocupante é responsável por dirigir o reino no lugar do rei - Robert convoca Eddard (Ned) Stark, Senhor de Winterfell e Protetor do Norte, para a posição. Ned o atende levando em conta que o seu amigo está rodeado por fracos e bajuladores, entre os quais sua Rainha, a ambiciosa e maquiavélica Cersei Lannister e sua família são os piores.
Paralelamente às disputas e incontáveis jogos políticos e estratégias militares ousadas nos sete reinos, testemunhamos a luta por sobrevivência de Daenerys Targaryen, juntamente com seu irmão Viserys, os últimos da família dos reis dragão.
Mas aparentemente o perigo verdadeiro está mais ao norte, por trás da Muralha que protege a região, onde forças sobrenaturais há muito esquecidas se espalham novamente...
A verdadeira guerra dos tronos só começa mais no fim do livro, que tem a capacidade de te sugar para o interior de suas páginas e te levar ao convívio e à plenitude das emoções de seus personagens, talvez por isso seja tão irresistível.
"[...] Vi homens congelar no inverno passado e no outro antes desse, quando eu era pequeno. Toda a gente fala de neves com doze metros de profundidade, e do modo como o vento de gelo chega do norte uivando, mas o verdadeiro inimigo é o frio. Aproxima-se em silêncio [...] A princípio estremece-se e os dentes batem, e bate-se com os pés no chão e sonha-se com o vinho aquecido e boas e quentes fogueiras. Ele queima, ah, como queima. Nada queima como o frio. Mas só durante algum tempo. Então, penetra no corpo e começa a enchê-lo, e passando algum tempo já não se tem força suficiente para combetê-lo. É mais fácil limitarmo-nos a nos sentar ou adormecer. Dizem que não se sente dor alguma perto do fim. Primeiro, fica-se fraco e sonolento, e tudo começa a se desvanecer, e depois é como afundar num mar de leite morno. [...]"
Dá pra sentir frio só de ler...
Este é, na verdade, o tipo livro que você vai gostando mais e mais a cada uma das quase 600 páginas (lembrando que este é o menor dos 5 livros lançados até agora). E apesar de eu ter lido algumas críticas sobre a tradução (que seria apenas uma adaptação da versão publicada em Portugal, e, portanto, estaria em português lusitano), não percebi nada que atrapalhasse a leitura.
A narrativa é construída a cada capítulo sob a perspetiva de um dos personagens centrais, sempre em terceira pessoa, ligando os fios que tecem a trama.
Westeros é dividido em sete reinos, governados por sete famílias e seus vassalos, acima dos sete senhores está o rei, guardião do território, aquele que ocupa o Trono de Ferro. Robert Baratheon passou a ocupar o trono desde que reuniu aliados e se revoltou contro o Rei Aerys Targaryen, o rei louco (por razões que só são explicadas lentamente durante a leitura).
Após a mal explicada morte da antiga Mão do Rei - um cargo cujo ocupante é responsável por dirigir o reino no lugar do rei - Robert convoca Eddard (Ned) Stark, Senhor de Winterfell e Protetor do Norte, para a posição. Ned o atende levando em conta que o seu amigo está rodeado por fracos e bajuladores, entre os quais sua Rainha, a ambiciosa e maquiavélica Cersei Lannister e sua família são os piores.
Paralelamente às disputas e incontáveis jogos políticos e estratégias militares ousadas nos sete reinos, testemunhamos a luta por sobrevivência de Daenerys Targaryen, juntamente com seu irmão Viserys, os últimos da família dos reis dragão.
Mas aparentemente o perigo verdadeiro está mais ao norte, por trás da Muralha que protege a região, onde forças sobrenaturais há muito esquecidas se espalham novamente...
A verdadeira guerra dos tronos só começa mais no fim do livro, que tem a capacidade de te sugar para o interior de suas páginas e te levar ao convívio e à plenitude das emoções de seus personagens, talvez por isso seja tão irresistível.
Esse livro é d++!!!!
ResponderExcluirAhh, eu continuo em dúvida se leio, é grande demais...
ResponderExcluirFran.
Que nada, leia sim, é 100%!
ResponderExcluirRealmente, não se intimide pelo número de páginas, é uma leitura excelente!
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