O poeta de que contou Burgess,
que só escrevia na latrina,
quando sua obra lhe saia
por debaixo como por cima,
volta sempre à lembrança
quando em frente à poesia
meditabunda que
se que filosofia,
mas que sem a coragem e o rigor
de ser uma ou outra, joga e hesita,
ou não hesita e apenas joga
com o fácil, como vigarista.
Pois tal meditabúndia
certo há de ser escrita
a partir de latrinas
e diarréias propícias.
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