Embora John Boyne tenha publicado mais de quinze livros, eu só li quatro. Demorei bastante para começar esse quinto porque fiquei sem saber de sua publicação. Lembro de ler O Menino do Pijama Listrado e em pouco tempo ver a divulgação da publicação no Brasil de O Garoto do Convés, a então um ou dois anos depois, O Palácio de Inverno. Desde então não vi mais publicidade sobre seus lançamentos.
Não obstante, é sempre um prazer ler um de seus livros. Agora que sei de outros lançamentos do autor, já comprei mais alguns e os resenharei esse ano.
Antes de começar a ler O Pacifista vi no texto de capa a recomendação do The Sunday Times, que o descrevia como "Cativante desde o primeiro parágrafo", bem o tipo de coisas que se encontra por aí sobre lançamentos de autores badalados. O que acontece é que, neste caso, é verdade, pois o livro começa assim:
"Sentada à minha frente no vagão, a senhora idosa de estola de pele de raposa recordava alguns homicídios que havia cometido ao longo dos anos".
Percebemos, então, que o livro é narrado em primeira pessoa, por seu personagem central, o jovem Tristan Sadler, que mentiu sua idade para poder se alistar no exército inglês e participar da Primeira Grande Guerra.
A história corre em dois eixos de tempo, um logo após a guerra e outro no seu decorrer, enquanto o regimento de Tristan é treinado e, posteriormente, conduzido ao campo de batalha. No eixo pós-guerra, ele vai a uma cidadezinha do interior visitar a irmã de seu melhor amigo, uma das vítimas da guerra; seu objetivo é entregar a ela as cartas que o falecido soldado recebera durante o período em serviço.
Como não poderíamos ficar sem um tempero especial, Boyne aborda um grande tabu para a Inglaterra durante o século XX: a homossexualidade, e mais especificamente, a relação homossexual entre dois soldado em uma época em que a homossexualidade era considera crime.
E não é que o tema continua atual!
Nenhum comentário:
Postar um comentário