Harlan Coben dá um novo fôlego para os romances policiais.
O gênero policial é um dos mais badalados do mundo literário, muito lido mundo afora, é também muito visado pelos escritores, o que leva a um grande número de publicações medianas. De tempos em tempos, surge um ponto fora da curva, como Stieg Larsson (da trilogia Millennium). Coben é um desses pontos. Seus personagens ricos e reais, suas cenas vívidas e ágeis, suas tramas intrincadas, com reviravoltas, mas sem exageros estilísticos e sua narrativa direta e fluida, o alçam ao panteão dos grandes escritores, lado a lado com Agatha Christie e Sir Arthur Conan Doyle.
Dentre os seus livros, meus preferidos são os protagonizados por Myron Bolitar, o ex-atleta que se dedica a agenciar estrelas do esporte e a resolver crimes envolvendo seus pupilos.
Este livro começa em um torneio de golfe, esporte detestado por Myron, mas fonte em potencial de clientes para sua agencia de representações. Durante uma partida, ele é abordado pelo sogro de um dos competidores, que lhe joga a bomba logo de cara: seu neto fora sequestrado e a filha e o marido estão pedindo a ajuda de Myron para encontrar o garoto.
O fato de a mãe do adolescente desaparecido também ser uma estrela do golfe só adensa a trama, embora não se compare com a confusão causada por seu parentesco com Win, violento melhor amigo de Myron, que tem péssimas relações com a família.
A investigação se dá muito naturalmente, mas cada revelação deixa a confusão ainda maior, envolvendo mais e mais a família de Win.
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