Nada há contra o tempo.
O homem tudo o que pode
é fechar-se ao espaço
redondo que o envolve;
jogar fora o espaço,
o fora, ele sim pode,
assim numa Cartuxa
que do ao redor o isole.
Mas o tempo é de dentro;
dentro ele faz-se, escorre,
e esse escorrer interno
não há nada que o corte.
Às vezes o "............"
por certo tempo o encobre:
não tempo ele próprio,
sim o corpo que ele morde,
já que o expressar do tempo
é roer o que percorre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário