Sempre que lemos sobre a destruição causada pela Segunda Guerra Mundial, pensamos, em termos arquitetônicos, em Hiroshima e Nagasaki, destruídas pelas bombas atômicas americanas e em Londres, devastada até o limite máximo pela Luftwaffe, a força aérea alemã; em termos humanos, pensamos no holocausto judeu, e nos campos de concentração nazistas.
Entretanto, temos que lembrar duas coisas: primeiro, que a Alemanha também teve seu território atacado desde o começo da guerra, e segundo, nem toda a população alemã era conivente com o esforço de guerra e, muito menos, com o nazismo. Apesar disso, civis ou militares, aguentaram, como ocorria na França e na Inglaterra, a imensa carga dos adversários.
Nesse livro, o escritor alemão Jörg Friedrich mostra ao mundo um pedaço da Grande Guerra que é esquecido, talvez porque seria de péssimo tom sentir pena dos nazistas.
Jörg embasa seu texto e uma vasta variedade de documentos e pesquisa históricas, e dedica mais de quinze páginas apenas para listas as referências que usou.
Ele revela táticas, fatos, impressões, medos, cicatrizes e lições deixadas pela guerra no território comumente considerado como o absoluto agressor.
Em suas quase seiscentas páginas, o livro mostra uma realidade que o mundo preferiu esquecer, a de que a guerra é cruel para vencidos e vencedores. Mas, sempre que penso na quantidade de vidas perdidas nos confrontos e bombardeios da Segunda Guerra e no horror dos bombardeios nucleares, me acalenta pensar que se foi preço necessário para por fim ao nazismo, foram vidas bem investidas.
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