Já reconheci algumas vezes que tenho a tendência de só postar comentários sobre bons livros; isso porque o objetivo do blog é incentivar a leitura.
Entretanto, também já disse que a leitura também pode ser incentivada pela contraindicação de livro ruins, assim, os leitores não perdem tempo com livros chatos que podem desestimulá-los de continuar lendo.
Trago hoje dois livros que caíram na minha mão e deixaram minhas horas de leitura menos alegres: O Traidor, de Jimmy Breslin e O Homem do Mar de Joaquim Nogueira.
O Traidor é um daqueles romances sobre a máfia que os americanos parecem gostar tanto.
O problema é que é chato. A trama básica se passa durante o julgamento de um integrante da máfia, na segunda metade do século XX (o que já colabora para se perder quase todo o charme), em que o personagem-narrador revive momentos de sua carreira no crime organizado.
O Homem do Mar é um romance policial do tipo noir. Só isso já o suficiente para me fazer torcer o nariz. A história basicamente é sobre um homem que é baleado em um canto escuro de uma cidade perigosa e, mesmo depois de cinco tiros, continua vivo.
Ele usa como estratégia para não perder a consciência atormentar o leitor com reminiscências sem sentido sobre acontecimentos de sua vida que o levaram até aquele momento degradante.
De um modo geral, a literatura pode mostrar o melhor e o pior da humanidade. Esses dois se dedicam a falar sobre o pior, mas de uma maneira entediante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário