Rose McClendon Daniels vive um casamento que é um pesadelo. Há catorze anos ela é a esposa de Norman Daniels, um policial cujo hobby é espancar a mulher. Nas mãos dele ela já perdeu três dentes, teve o pulmão perfurado por uma costela quebrada, e, de tanto levar golpes nas costas, teve os rins danificados de tal modo que se acostumou a encontrar traços de sangue na urina. Mas a pior das agressões foi a que culminou em um aborto, nove anos antes de ela perceber que se não interrompesse aquilo, ele a mataria.
Um dia, por causa de mais uma surra como tantas outra antes, ela tem uma epifania motivada por uma gota de sangue, seu sangue, manchando o lençol da cama, e resolve mudar o rumo de sua vida.
No meio da manhã, enquanto arrumava a casa, ela decide ir embora. De vez. Sim, porque se ela voltasse depois de fugir, ou se ele a recapturasse, seria o fim.
Ela então sai de casa com a roupa o corpo, o cartão do banco dele e a determinação de salvar a própria vida. No caminho, várias vezes tem de lutar contra o medo de ser pega no pulo, e ao alcançar a rodoviária, mal tem noção de para onde está indo. Para longe, é a única certeza.
Em uma nova cidade, perdida em meio à confusão de uma metrópole, ela encontra o improvável: boas pessoas dispostas a ajudar, e outras mulheres em situação semelhante à dela. Com o apoio de uma organização chamada Filhas & Irmãs, cujo objetivo é amparar mulheres vítimas de violência doméstica, abrigando-as e lhes encontrando empregos, Rose recomeça sua vida, novamente como Rosie McClendon.
Norman, por outro lado, não consegue continuar sua vida e lidar com a rejeição. Ele tem a compulsão de caçar a mulher e dar-lhe uma lição.
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