sábado, 27 de agosto de 2016

O Triunfo de Sharpe - Bernard Cornwell

O grande sucesso de Bernard Cornwell no exterior é a sua série original, As Aventuras de Sharpe, porém, no Brasil, sua série mais conhecida é a trilogia Crônicas de Artur. Contudo, dentre seus livros os meus preferidos são os das Crônicas Saxônicas.
Por isso, as aventuras de Sharpe não me agradam tanto.
Embora o sargento Richard Sharpe, do Exército de Sua Majestade durante as Guerras Napoleônicas, seja um personagem muito empático.
A empatia que o personagem desperta é devida ao quão humano ele é, com suas mesquinharias, ganâncias, raivas, desejos e valores (uma característica não rara nas obras de Cornwell, que busca mostrar o melhor e o piro do ser humano em seus personagens.). 
Nesse segundo volume da série, Sharpe continua na Índia, cumprindo as missões mais arriscadas designadas pelo oficiais.
No final do último livro, Sharpe era dado como morto, mas retorna ao exército britânico como um herói impossível, por ter escapado da morte e sido o responsável pela grandiosa vitória contra o sultão Tipu. Secretamente, ele também volta rico, após saquear o cadáver do sultão e levar seu incrível rubi.
Dessa vez, a missão de Sharpe é capturar um traidor do exército britânico, o major William Dodd

Eu ainda não pude assistir à série televisa feita a partir da adaptação das histórias dessa série literária, mas tenho muita vontade. Embora seja um pouco antiga, a crítica é muito elogiosa a respeito dos livros, e o ator que a estrela é o famoso Sean Bean, também visto em O Senhor dos Aneis e Game of Thrones.

sábado, 20 de agosto de 2016

Amar de Novo - Danielle Steel

O livro foi escrito e se passa na década de 1980, quando sequestros estavam na moda na Europa, por motivos políticos e financeiros.
Isabella e Amadeo di San Gregorio são um casal apaixonado, que dirigem juntos uma das maiores maison do continente. Vivem felizes e conseguem manter o convívio familiar com o filho, apesar do intenso trabalho na indústria da moda, a ponto de estarem planejando uma segunda gravidez.
É em um momento de felicidade, então, que a desgraça abate os di San Gregorio. 
Numa sexta-feira Amadeo é sequestrado. No mesmo dia, Isabella recebe um pedido de resgate impossível, dez milhões de Euros. Ela é advertida para não contatar a polícia italiana, mas o faz. Na segunda o corpo do marido é encontrado e o mundo de Isabella vem abaixo.
A partir de então, os desafios dela passam a ser continuar a viver, "não deixar a peteca cair", dar suporte ao filho tocar a empresa e, finalmente, reencontrar o amor.

Sempre que posto sobre um livro da Danielle Steel, advirto sobre o estilo: água com açúcar. Outro dia um amigo me perguntou se os livros do Nicholas Sparks não ficavam todos chovendo no molhado. E é verdade, tanto ele quanto a Danielle escrevem muito sobre o mesmo. Mas o que conta, pra mim, é o como eles escrevem. De que forma contam a história.
Isso posto, ressalto que este não é o melhor livro da autora. A narrativa me pareceu fraca e a história (como esperado) manjada.
Mesmo assim, avoluma muito bem na minha biblioteca, junto com os outros dez da autora.

sábado, 13 de agosto de 2016

Getúlio 1930-1945: do governo provisório à ditadura do Estado novo - Lira Neto

Disse uma vez o grande estadista: "O período ditatorial tem sido útil, permitindo a realização de certas medidas salvadoras, de difícil ou tardia execução dentro da órbita legal. A maior parte das reformas iniciadas e concluídas não poderia ser feita em um regime em que predominasse o interesse das conveniências políticas e das injunções partidárias".
E é essa a frase escolhida pelo autor como epígrafe para esse segundo volume da trilogia biográfica sobre Getúlio Vargas, livro dedicado ao período de quinze anos em que Getúlio exerceu poderes ditatoriais.
No livro anterior, Neto revela o caminho até o poder, em um golpe de estado, uma revolução que instaura o Governo Provisório, em que foram dissolvidas as câmaras legislativas e destituídos os governadores e prefeitos.
Nesses primeiros anos de Governo Provisório, Getúlio enfrentou muita crítica da oposição e da imprensa, teve de lidar com correligionários beligerantes e com as revoltas em seu estado natal, Rio Grande do Sul, e em São Paulo, terra de Washintgnon Luis, presidente deposto pelo golpe getulista.
Também nesse período, ele deu mostras de sua brutalidade no trato com a oposição e de seu populismo, que lhe garantia o apoio popular. Tem destaque nesses primeiros anos, a conquista voto feminino, garantida universalmente por Getúlio no Brasil antes de ocorrer em países "avançados", como a França.
Sua popularidade e sua força política lhe garantiram a eleição constitucional para presidente. Getúlio não poderia deixar de aproveitar o ensejo e, gradativamente, enrijecer e consolidar o regime que conduziria ao Estado Novo, uma ditadura violenta, mas que obteve altos índices em indicadores sócio-econômicos. Um paradoxo brasileiro.

sábado, 6 de agosto de 2016

Dois livro para não ler

Já reconheci algumas vezes que tenho a tendência de só postar comentários sobre bons livros; isso porque o objetivo do blog é incentivar a leitura.
Entretanto, também já disse que a leitura também pode ser incentivada pela contraindicação de livro ruins, assim, os leitores não perdem tempo com livros chatos que podem desestimulá-los de continuar lendo.
Trago hoje dois livros que caíram na minha mão e deixaram minhas horas de leitura menos alegres: O Traidor, de Jimmy Breslin e O Homem do Mar de Joaquim Nogueira.
O Traidor é um daqueles romances sobre a máfia que os americanos parecem gostar tanto. 
O problema é que é chato. A trama básica se passa durante o julgamento de um integrante da máfia, na segunda metade do século XX (o que já colabora para se perder quase todo o charme), em que o personagem-narrador revive momentos de sua carreira no crime organizado.

O Homem do Mar é um romance policial do tipo noir. Só isso já o suficiente para me fazer torcer o nariz. A história basicamente é sobre um homem que é baleado em um canto escuro de uma cidade perigosa e, mesmo depois de cinco tiros, continua vivo. 

Ele usa como estratégia para não perder a consciência atormentar o leitor com reminiscências sem sentido sobre acontecimentos de sua vida que o levaram até aquele momento degradante.

De um modo geral, a literatura pode mostrar o melhor e o pior da humanidade. Esses dois se dedicam a falar sobre o pior, mas de uma maneira entediante.