sábado, 30 de outubro de 2010

Biografia de Sidney Sheldon

Sidney Sheldon nasceu em Chicago, EUA, no dia 11 de fevereiro de 1917, e morreu em Los Angeles em 30 de janeiro de 2007. Foi um dos maiores escritores da era atual.
Nascido Sidney Schechtel, de pai judeu alemão e mãe judia russa, iniciou sua carreira em Hollywood como revisor de roteiros em 1937 além de colaborar em inúmeros filmes de segunda linha. Preferiu trabalhar no cinema do que na literatura por não julgar-se capaz de escrever um livro. Entrou para o Army Air Cops (Unidade do Exercito que compreende quase toda a aviação, e que se tornou parte da Força Aérea em 1947) durante a Segunda Guerra Mundial mas não chegou a servir por causa de uma hérnia de disco. Sheldon retornou à vida civil e começou a escrever musicais para a Broadway além de roteiros para a MGM e Paramount Pictures. Foi o criador da série televisiva Jeannie é um Gênio e Casal 20.
Em 1969, Sidney Sheldon lançou seu primeiro romance, A Outra Face.
Sidney Sheldon vendeu mais de 300 milhões de livros em todo o mundo. É o único escritor que recebeu quatro dos mais cobiçados prêmios da indústria cultural americana: o Oscar (cinema), o Emmy (tv), o Tony (teatro) e o Edgar (literatura de suspense). O que prova sua genialidade indiscutível!
Mesmo não sendo um escritor elogiado pelos críticos (quem os entende?!?), Sheldon se orgulhava da autenticidade das suas obras, uma vez que essas eram escritas segundo experiências vividas pelo autor.
Sheldon, um dos escritores mais produtivos da literatura americana contemporânea, morreu no dia 30 de janeiro de 2007, em Los Angeles, aos 89 anos, devido a complicações causadas por uma pneumonia.
Entre suas obras primas esão “Se Houver Amanha”, “Nada Dura para Sempre”, e o meu preferido, “O Reverso da Medalha”, que recentemente teve sua “continuação” lançada por uma fã do autor (Tilly Bagshawe) a partir de manuscritos de Sheldon.

domingo, 24 de outubro de 2010

Da Atéia Gótica à Romancista Cristã: Reviravoltas na vida de Anne Rice

Anne Rice alcançou a fama e a riqueza através de seus romances vampirescos, as 12 “Crônicas Vampirescas” (sendo “Entrevista com o Vampiro” a mais famosa) e sobre bruxas, os 5 volumes de “ As Bruxas Mayfair”. Mas depois da morte de seu marido (há especulações de que ele é quem a influenciava a escrever seus romances “de horror”) ela disse que “Estava de volta ao Cristianismo” e que não escreveria mais sobre vampiros sou seres similares.
A partir daí ela passou a escrever uma série intitulada “Cristo o Senhor”, da qual nem perderei tempo escrevendo algo, mas que outros fãs da autora (mesmo os cristãos) dizer ser “chato de doer!”.
Por 38 anos, Rice diz que foi uma “atéia assombrada por Cristo”. Seus romances vampirescos eram a reflexão de sua luta interna ao viver num mundo sem Deus que ela criou. “O vampiro”, diz ela, “é a metáfora para o marginal e a pessoa que se sente separado de Deus”. (é mais do dinheiro que ela ganho com esse “marginal”, bem que ela gostava né...)
Ela deu várias entrevistas nas quais relatava o quão feliz era por estar de volta a fé cristã. Chegou ao cúmulo de dizer que não há felicidade sem Cristo.
Recentemente ela publicou em seu Facebook as seguintes frases respectivamente:

“Para aqueles que se importam, mas entendo se você não se importar: Hoje eu deixei de ser cristã. Estou fora. Continuo comprometida com Cristo, como sempre, mas não sendo ‘cristã’ nem fazendo parte do cristianismo. É simplesmente impossível para mim ‘pertencer’ a este grupo tão briguento, hostil, polêmico e merecidamente de má fama. Por dez anos… eu tentei. Mas falhei. Sou uma estrangeira. Minha consciência não me permite mais.”

“Conforme disse abaixo, deixei de ser uma cristã católica. Estou fora. Em nome de Cristo, recuso-me a ser anti-gay. Recuso-me a ser anti-feminista. Recuso-me a ser anti-controle artificial de natalidade. Recuso-me a ser anti-democrata. Recuso-me a ser anti-humanismo secular. Recuso-me a ser anti-ciência. Recuso-me a ser anti-vida. Em nome de Cristo… deixei o cristianismo e de ser cristã. Amém.”

Apesar de isso ser sem dúvidas um avança na vida da escritora, não creio que ela abandonará projeto “Cristo o Senhor” para se dedicar aos seus temas anteriores. (o que é uma pena!)

sábado, 23 de outubro de 2010

A Pata da Gazela – José de Alencar

Mais uma mostra de que um livro (assim como uma música) pode ser ao mesmo tempo clássico e divertido. Se tratando de José de Alencar, é desnecessário dizer que esta é uma obra prima da literatura nacional!
O livro baseia-se no conto "A Cinderela" (tanto que é conheço como “A Cinderela Brasileira”) e na fábula do leão amoroso de La Fontaine, Alencar esboça um retrato irônico e crítico da sociedade brasileira do século XIX. A história é bastante trivial: um rapaz jovem e sedutor (Horácio) encontra um pé de botina caído na calçada e a trama se desenrola na tentativa dele, e de outro rapaz (Leopoldo) que também observava a cena, de descobrir quem é a dona daquele sapato.
A partir daí, a história se desenrola em torno das posições dos dois rapazes: um cultiva o amor pelo conteúdo, apesar de acreditar que a jovem possui um “pé aleijão” (pata de elefante) que vira se recolhendo à carruagem. O outro cultiva o amor pela forma, ao acreditar que a moça dona da botina é dona de um pé pequeno e perfeito, uma pata de gazela. O que não sabem é que na carruagem estavam duas grandes amigas, Amélia e Laura, ambas envergonhadas por causa de seus pés (uma o tinha muito pequeno, e a outra, em proporções fora do normal). Ambos acham que a pessoa que viram é Amélia. Leopoldo vê o “pé aleijão” subindo na carruagem, entra na sapataria e vê um sapato de mulher sendo feito numa fôrma com proporções descomunais. Associa uma coisa a outra, e o primeiro sentimento que tem é de nojo. Mas com o tempo aprende a amar Amélia, apesar do pé defeituoso. Horácio, por sua vez, chega ao extremo de pedir Amélia em casamento, apenas para ter a oportunidade de ver seu pé (cena responsável pela relação com “A Cinderela”).
A pata da gazela demonstra como o amor deve ser guiado pela alma, como Leopoldo e não pela aparência, como Horácio. E apesar de ser bastante previsível, o final é surpreendente, depois que ler me diz o que achou!

domingo, 17 de outubro de 2010

O Caminho do Poço das Lágrimas – André Vianco

Essa é para mostrar que nem os grandes gênios são perfeitos.
É o livro de Vianco que eu menos gostei (na realidade o único que eu não gostei).
O livro conta a história de Jonas, um homem muito trabalhador e com pouco tempo para a família, que resolve levar os filhos para passear, a fim de recuperar um pouco do tempo perdido com eles (1º clichê). No entanto, em determinado momento da viagem, eles acordam em um campo verde (2º clichê), sem o carro, e com uma estrada de tijolos (3º clichê) delineada a frente, um caminho chamado de Caminho do Poço das Lágrimas (bem forçado né?!?). A dúvida é: precisamos mesmo segui-lo?
Em mais um clichê, ele obviamente saem do caminho e tornam ainda mais difícil essa jornada. A medida que eles andam, a cede de Bosco (o filho caçula) se intensifica, assim como apressa de Ingrid (a filha mais velha) e o medo de Jonas.
No caminho, muitos acontecimentos misteriosos parecem não querer deixar que eles cheguem ao seu destino. E à medida que eles progridem torna-se obvio o que aconteceu com eles, ma no fim eles descobre que era exatamente o contrário.
Sobre o livro, o autor diz: "A idéia para escrever O Caminho do Poço das Lágrimas nasceu de uma história de ninar que eu inventei para as minhas filhas. Durante muito tempo essa história ficou remoendo em minha mente, ela se apoderou de mim de uma maneira que eu precisei parar tudo para dar vida a ela.".
Este é o 13º livro do autor, embora eu o considere um número de sorte, parece que deu foi azar para Vianco.
Das resenhas que eu li,a minha é única que não elogia o livro, ou eu sou do contra, ou o único sincero!

Sementes no Gelo – André Vianco

Mais uma grande obra escrita por esse achado da literatura nacional. Nesse livro Vianco foge de seu tema favorito (Vampiros) e dá vida a fantasmas de crianças que não chegaram a nascer.
Ele afirma ter tido a inspiração e a idéia para compor a obra assistindo a um telejornal onde a matéria tratava sobre embriões congelados e a legislação vigente em vários países. Em todos os países na ocasião era terminantemente proibido descartar os "ovos" fertilizados, que viriam a se tornar embriões viáveis para um futuro implante nas mães com dificuldade de fertilização natural.
Com a população mundial de embriões congelados crescendo, o autor imagina um mundo onde esses seres, mesmo que minúsculos e congelados, possuem alma, espírito. Esses espíritos se desenvolvem e em determinada altura ganham o poder de se materializar para seus pais e também para aqueles que praticam violência contra crianças.
É uma história sobre espíritos atormentados impedidos de reencarnar. Eles revoltam-se e começam a vingar-se das pessoas que cruzam seu caminho. Um detetive é chamado para investigar o caso e termina sendo vítima da fúria de um dos espíritos em particular, um antigo (nem tão) amigo de infância.
É um livro que desperta polêmicas, portanto, só pode ser muito, mas muito bom mesmo!

sábado, 16 de outubro de 2010

Biografia de Machado de Assis

Especialmente hoje, uma postagem a mais, e que postagem...
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839 no Rio de Janeiro, filho de Francisco José de Assis, um mulato que pintava paredes, e Maria Leopoldina da Câmara Machado, lavadeira açoriana; e morreu em 29 de setembro de 1908 aos 69 anos de idade também no Rio de Janeiro, cidade a qual amava e onde se passam em geral suas narrativas.
Considerado como o maior nome da literatura nacional, escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Também não deixou de se envolver na (conturbada) política nacional da época (da qual não façlarei aqui). Ele é, também, considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881).
Sua extensa obra constitui-se de 9 romances e peças teatrais, 200 contos, 5 coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas. Obra essa que foi de fundamental importância para as escolas literárias brasileiras do século XIX e do século XX e surge nos dias de hoje como de grande interesse acadêmico.
Foi (e ainda é!) tão importante para a literatura nacional (e internaional) que a Academai Brasileira de Letras (instituição que tem por fim "o cultivo da língua e a literatura nacional") é comumente chamada de “A Casa de Machado”, sendo ele o seu fundador.
A obra de Machado de Assis assume uma originalidade despreocupada com as modas literárias dominantes de seu tempo. Ele, como exímio intelectual e leitor, atribui a sua obra caráteres de arquétipos. Os irmãos Pedro e Paulo, em Isaú e Jacó, por exemplo, remontam ao arquétipo bíblico da rivalidade entre Caim e Abel, enquanto a psicose do ciúme de Bentinho em Dom Casmurro aproxima-se do drama Otelo, de William Shakespeare. Os acadêmicos também notam a constante presença do pessimismo. Suas últimas obras de ficção assumem uma postura desencantada da vida, da sociedade, e do homem. Crê-se que não acreditava em nenhum valor de seu tempo e nem mesmo em algum outro valor e que o importante para ele seria desmascarar o cinismo e a hipocrisia política e social.
A temática de Machado envolve desde o uso de citações referentes à eventos de sua época até os mais intricados conflitos da condição humana. Seus romances, por exemplo, tratam freqüentemente da escravidão sob o ponto de vista cínico do senhor de escravos, sempre criticando-o de forma oblíqua. Outra temática notada pelos acadêmicos na obra machadiana é a filosofia que lhe é peculiar. Há em sua obra um constante questionamento sobre o homem na sociedade e sobre o homem diante de si próprio.
Nunca é demais salientar que Toda leitura só tem à adicionar, mas Mahado de Assis é Machado de Assis!

Escrito nas Estrelas – Sidney Sheldon

Li este livro na semana passada, emprestado e indicado por uma colega de faculdade.
Nele Sidney Sheldon, mais uma vez, mostra o grande autor que é, retratando uma complexa e irresistível heroína, uma jovem predestinada, cujo trágico começo de vida não impede de transformar radicalmente seu futuro.
Seu 12º livro, conta a história da bonita e sensual Lara Cameron, natural de Glace Bay, uma cidadezinha do interior dos EUA, que impulsiona sua carreira de incorporadora imobiliária, dividida entre as atenções do amigo e admirador Howard Keller, do advogado misterioso e apaixonado (e por que não perigos?), Paul Martin, e do famoso pianista Philip Adler, que oferece a Lara um mundo novo e excitante, mas a um preço tão alto que ameaça destruir ambos.
O leitor está diante do romance mais passional de Sidney Sheldon, repleto de surpresas assombrosas e choques impressionantes, com reviravoltas e ameaças sem fim à heroína; e viajará ao passado, junto com a bem sucedida empresária Lara Cameron, até a cidadezinha de Glace Bay para descobrir como tudo começou, e entender a personalidade dessa corajosa e sonhadora mulher.
Com estilo direto incisivo, o autor cria um dos seus romances mais envolventes. Esperado por milhões de leitores, este clássico de Sheldon mostra ainda o jogo de mentiras e fraudes do mundo dos negócios internacional, o jogo da máfia italiana que ainda se faz presente no EUA, na trilha perigosa que conduz Lara Cameron ao sucesso e à fortuna, revelando o verdadeiro amor de sua vida e as intrincadas tramas de um destino que estava, como o próprio pai avisara, escrito nas estrelas.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Biografia de Stieg Larsson

Essa é curta porque ele não viveu muito...
Stieg Larsson nasceu em Skelleftehamm, Suécia no dia 15 de agosto de 1954, foi um dos mais influentes jornalistas e ativistas políticos suecos. Trabalhou na destacada agência de notícias TT. À frente da revista Expo, fundada por ele, denunciou organizações neofacistas e racistas. É co-autor de Extremhögern, livro sobre a extrema direita em seu país.
Por causa de sua atuação na luta pelos direitos humanos, recebeu várias ameaças de morte.
Em 2004, aos cinquenta anos, pouco após entregar aos seus editores os manuscritos da Trilogia Millennium, morreu vítima de um ataque cardíaco. Tragicamente, não viveu para assistir ao fenômeno mundial em que a sua obra se tornou. Há quem acredite que parte desse sucesso todo é devido à morte inesperado do escritor, mas ninguém ousa desmerecer sua genialidade.

sábado, 9 de outubro de 2010

Assassinato no Expresso do Oriente – Agatha Christie

Esta que considerada a obra-prima de Agatha Christie, foi o 1º livro que eu li da renomada escritora. Deste então não parei mais de lê-los!!!
Hercule Poirot embarca no Expresso do Oriente em Istambul. O comboio está estranhamente cheio para aquela altura do ano, mas Poirot fica com um lugar assegurado pelo amigo Monsieur Bouc, director da Compagnie Internationale des Wagons-Lits.
Nessa noite, perto de Belgrade, nosso herói acorda com um som estrondoso, parecendo ter vindo do compartimento ao lado do seu, ocupado por Mr. Ratchett. Quando Poirot espreita pela sua porta, vê o revisor bater à porta de Mr. Ratchett e a perguntar se ele está bem. O homem responde em francês: "Ce n'est rien. Je me suis trompé." (o bom em ler as aventuras de Poirot, é que elas são recehadas de expresões em francês^^), que quer dizer "Não é nada. Eu me enganei", e a seguir o revisor vai-se embora para atender a uma campainha. Poirot volta para a cama. Enquanto está deitado, ouve Mrs. Hubbard tocar urgentemente a campainha. Quando Poirot chama o revisor para lhe pedir água, o revisor diz-lhe que Mrs. Hubbard acha que alguém esteve no compartimento dela, e que o comboio parou devido a uma tempestade de neve. O revisor vai-se embora e Poirot tenta ir dormir outra vez, mas é acordado de novo pelo barulho de um baque na sua porta. Desta vez, ele levanta-se e olha para fora do compartimento, e o corredor está completamente silencioso, e não vê nada a não ser uma mulher, de costas, vestida com um quimono escalarte, a desaparecer ao fundo do corredor.
No dia seguinte, Hercule Poirot fica sabendo que Mr. Ratchett foi esfaqueado doze vezes enquanto dormia. Porém, as pistas e as circunstâncias são muito misteriosas, algumas das chagas são muito profundas e algumas são superficiais. Para além disso, algumas delas parecem ter sido feitas por uma pessoa canhota e algumas por uma destra. Ele encontra muitas outras pistas no compartimento da vítima e no comboio, no entanto, cada pista aponta para suspeitos diferentes, o que sugere que algumas das pistas foram encenadas.
Poirot descobre que Mr. Ratchett era um fugitivo dos E.U.A muito conhecido chamado Cassetti. Cinco anos antes, Cassetti raptara uma criança norte-americana de três anos de idade chamada Daisy Armstrong. Embora a família Armstrong tenha pago uma quantia considerável, Cassetti matou a pequena menina e fugiu do país com o dinheiro. A mãe de Daisy, Sonia Armstrong, estava grávida quando soube da morte de Daisy, e o choque dessa notícia levou-a a parto prematuro e Sonia e o bébé acabaram por morrer. O seu marido acabou por se suicidar e a empregada de Mrs. Armstrong, Suzanne, foi considerada suspeita pela polícia, apesar de afirmar que estava inocente, acabando por se suicidar também, atirando-se de uma janela. Pouco tempo depois foi considerada inocente.
À medida que as provas se juntavam, continuavam a apontar em caminhos diferentes e parecia que o detetive estava sendo desafiado por uma mente deveras inteligente. Uma pista que continuava desaparecida - o quimono escalarte usado por uma mulher desconhecida - acabaria por aparecer na bagagem do próprio Poirot.
Depois de meditar sobre as evidências, Poirot reúne os doze suspeitos, mais Monsieur Bouc e o Doutor Constantine na carruagem-restaurante. Ele explica que existem duas explicações possíveis para o assassinato de Ratchett. Ele então define as duas soluções e pergunta ao diretor dos Wagons-Lits que explicação ele pensa estar mais correta. Estando a sua tarefa concluída, Poirot diz que tem "a honra de se retirar do caso."

sábado, 2 de outubro de 2010

A Senhora do Jogo – Sidney Sheldon e Tilly Bagshawe

Há alguns anos eu li um livro que muito me interessou, era O Reverso da Medalha, considerado a Obra Prima de Sidney Sheldon, um dos maiores escritores da era moderna.
O livro conta a história de um jovem, Jamie McGregor que sai do Reino Unido para tentar ganhar a vida da África do Sul; depois de muitas intempéries, ele consegue fazer fortuna e vai para os Estados Unidos, lá ele funda uma empresa, a Kruger-Brent, que ao longo dos anos passa a ser uma das maiores dos Estados Unidos durante a direção da filha dele, Kate Blackwell. A família Blackwell se torna uma das mais influentes do mundo a medida que a Kruger-Brent cresce. O livro termina com Kate Blackwell muito velha e a empresa sendo administrada pelo marido de uma de suas netas.
Sheldon morreu (depois de escrever muitos outros livros maravilhosos) e uma de suas fãs (que também é escritora) Tilly Bagshawe é convidada pela família Sheldon para continuar a escrever o livro que Sidney teria manifestado intenção de publicar antes de morrer. Transformar o nome Sidney Sheldon em uma marca de livros, não foi uma das melhores decisões da família, pois apesar de garantir que suas contas bancárias continuem muito rentáveis, isso também vulgariza o trabalho do escritor.
Mas vamos finalmente à história de A Senhora do Jogo:
O livro conta os acontecimentos logo após a morte de Kate. Peter Templeton continua a administrar a empresa. Mas todos sabem que uma grande disputa está por vir, ou Lexi Templeton, filha de Alexandra (a preferida de Kate), ou Max Webster (filho de Eve, irmã gêmea de Alexandra) deverá assumir as rédeas da empresa.
Lexi, nossa nova senhora do jogo, passa por provações diversas durante o livro, ainda na infância ela é raptada, estuprada e perde a audição. Durante sua vida adulta ela passa por altos e baixos mais constantes que os já comuns na família Blackwell. Por mais de uma vez ela perde tudo e tem que recomeçar do zero. Mas ela sempre consegue o que quer, de recuperar a audição, à presidência da Kruger-Brent.
Max foi moldado desde criança por Eve para conseguir sua vingança. Ele é um grande antagonista, comete atrocidades, e atrapalha Lexi além da conta, mas no final sucumbe ante o peso do rancor de sua mãe.
A autora não é comparável à Sidney Sheldon, nem mesmo escrevendo um livro dele. Não há o fator surpresa característico de suas obras, Lexi Templeton não é como a maioria das grandes heroínas criadas por ele e o final parece ser um pouco forçado, o livro termina como se não tivesse terminado, não há o fechamento. Talvez isso seja para garantir uma continuação do livro. Se for o caso e ela conseguir mais uma chance de continuar a saga dos Blackwell, espero que ela amadureça até lá!