Trilogia Millennium – Stieg Larsson

A série é composta por três livros: “Os Homens Que Não Amavam as Mulheres”, “A Menina que Brincava com Fogo” e “A Rainha do Castelo de Ar”.
Os livros são muito bons, o estilo é envolvente e dinâmico, os temas abordados são da realidade, o que torna impossivelmente real. Eles te prendem da primeira a ultima página e você passa a viver naquele universo (e com isso você aprende muito, e se diverte pra valer).
Na saga são abordados temas como: tráfico internacional de mulheres, espionagem na época da Guerra Fria, sexualidade e homossexualidade, crimes virtuais, falcatruas empresariais, dramas familiares, exploração sexual, etc. O grande herói é o jornalista Mikael Blomkvist (apesar da profissão não ser a mesma, pode-se dizer que ele é uma espécie de Poirot moderno, sempre as voltas com tramas cheias de reviravoltas), ele é auxiliado por sua amante, também jornalista, Erika Berger, e por Lisbeth Salander, que tem um papel extremamente importante em todos os livros.
O primeiro livro mostra como é a relação entre os personagens, como alguns deles se conheceram, o dia-a-dia deles, a história de vida deles, entre outras coisas misturadas à trama. Basicamente a história gira entorno do desaparecimento de Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, em 1966, que some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua extensa família se encontravam. Desde então, a cada ano, Henrik Vanger, o velho patriarca do clã, recebe uma flor emoldurada (o mesmo presente que Harriet lhe dava, até desaparecer). Henrik está convencido de que ela foi assassinada. E que um Vanger a matou. Mikael é contratado para desvendar esse mistério que tem um desenlace inesperado.
Lisbeth Salander já tem um papel de destaque desde o primeiro livro, mas é a partir do segundo que ele recebe os holofotes. Ela parece uma garota frágil, mas é uma mulher determinada, ardilosa, perita tanto nas artimanhas da ciberpirataria quanto nas táticas do pugilismo. O mistério desse volume tem como fato central os seguintes acontecimentos: o tutor de Lisbeth, foi morto a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados (um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres). A arma usada nos crimes não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela apenas está esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça a seu modo. Mas ele também sabe que precisa encontrá-la o mais rapidamente possível, pois mesmo uma jovem tão talentosa pode deparar-se com inimigos muito mais formidáveis
No volume final da saga de Mikael e Lisbeth, Mikael se vê na situação de que ajudar Lisbeth, não é mais apenas uma questão pessoal, já é uma questão profissional, uma questão de justiça. Enquanto Lisbeth recupera-se num hospital de ferimentos que quase lhe tiraram a vida, Mikael procura conduzir uma investigação paralela que prove a inocência de sua amiga. Mas a jovem não fica parada, e muito mais do que uma chance para defender-se ela quer uma oportunidade para dar o troco. Os dois, em parceria, estam muito perto de desmantelar um plano sórdido que durante anos se articulou nos subterrâneos do estado sueco, um complô em cujo centro está o pai dela, um perigoso espião russo que ela já tentou matar duas vezes.
Mergulhe no cotidiano (recheado de mistério e romance) da revista sueca Millennium e tenha uma ótima leitura.

Leia também a biografia do autor.