sábado, 28 de novembro de 2015

Pauliceia de Mil Dentes - Maria José Silveira

Há algumas semanas eu postei uma resena de um livro sobre o Rio de Janeiro. Este é sobre São Paulo. Ambos me foram dados pela mesma pessoa, em momentos diferentes, e se enquadram naquela categoria "eu jamais compraria", então só li porque caiu em minhas mãos. 
Quando falei sobre o Rio, disse que não gosto dessa ideia ufanista que os cariocas têm de sua cidade. Em Pauliceia de Mil Dentes, a autora se propõe a mostrar também o lado menos amado da cidade sobre a qual escreve, afinal, segundo ela, a cidade não é perfeita.
Já adianto que eu detesto a cidade. Morei lá entre 2013 e 2014, enquanto fazia mestrado e a cada vez que tinha que voltar era como retomar uma sentença de trabalhos forçados no inferno.
No último conto que publiquei, Quem tem Medo do Escuro, na coletânea King Edgar Hotel, da Andross Editora, minha personagem expressa a opinião que tem da cidade:
"Enquanto anda pelas ruas da metrópole, volta pensar que São Paulo sempre passa a ela uma impressão de estar suja, encardida até; e se lembrar de ouvir a cidade ser comparada a uma engrenagem em perpétuo movimento, pulsante de vida. Pra ela, mais parecia o movimento lento e repulsivo de um verme que se move em uma carcaça."

Isto posto, nem preciso dizer que o livro não me agradou. A prosa não é ruim, há uma boa fluência e a trama é bem bolada, mas o tema é enfadonho: a vida na metrópole.

sábado, 21 de novembro de 2015

Cidades de Papel - John Green

Lembro que uma vez uma amiga comentou que a J. K, Rowling é muito má. Ela estava lendo Morte Súbita e se referia ao desfecho de uma das personagens adolescentes. Na mesma época eu lia o livro final da trilogia dos Jogos Vorazes, e comentei com ela que a Suzanne Collins é que era malvada. Em ambos os casos, nos referíamos a maneira com o essas autoras sumariamente matalmpersonagens adolescente queridinhos dos leitores.
No mesmo padrão George R. R Martin de eliminar personagens, mas na categoria adolescente, está John Green, que nos brinda com com um casal adolescente tão interessante em A Culpa é das Estrelas que todos se surpreendem quando um paciente com câncer morre, e depois repete o feito em Quem é Você, Alasca?
Durante uma parte desse livro somos assolados por uma dúvida que me levou à reflexão dos parágrafos anteriores: seria Green um assassino de adolescentes?
Cidades de Papel conta a história do último mês no Ensino Médio de Quentin, um jovem nerd com poucos, mas ótimos, amigos que é vizinha da garota mais popular da escola, Margo Roth Spiegelman. Eles foram amigos durante a infância, mas se afastaram por volta dos nove anos.
Margo é a pessoal mais insolitamente única que se pode imaginar. Dada a aventuras, fugas e desafios, ela se mostra 100% segura de si e totalmente independente. Nem é preciso dizer que, embora ela aparentemente o ignore a anos, Quentin é apaixonado por ela.
A grande reviravolta acontece quando ela finalmente o envolve em uma de suas aventuras e depois some, deixando para ele dicas impossíveis de como encontrá-la.
Eu gostei muito dos outros liros do John Green, mas esse não parece ter a mesma qualidade. Ele começa bem e até ali pela página 80 pensei que seria tão bom quantos os demais, mas depois o nível cai sensivelmente.

sábado, 14 de novembro de 2015

Biografia de John Boyne

O dublinense John Boyne nasceu em 1971 e estudou língua inglesa no Trinity College e Literatura Criativa na Universidade de East Anglia, sendo, então um dos raros fenômenos editoriais com formação específica em escrita. Sua experiência literária foi aprimorada nos sete anos em que trabalhou em uma livraria.
Boyne começou a escrever aos 19 anos e fez-se publicar pela primeira vez em 2000, com O Ladrão do Tempo (lerei em breve!).
Ao longo dos anos, o autor lançou mais de quinze livros, entre romances e livros infantis; ele também vem colecionando prêmios, desde sua estréia, já acumulou cinco prêmios, o que é considerável, dado que sua carreira tem pouco mais de dezesseis anos, e — esperam os fãs — muito mais pela frente!
Seus romances costumam ter um cuidadoso plano de fundo histórico, e o autor consegue abordar com leveza temas polêmicos e levar os leitores à reflexão enquanto se entretêm com uma boa história.
O mais conhecido de seus livros é O Menino do Pijama Listrado, ambientado na Segunda Guerra Mundial, que adaptado com sucesso para o cinema, entretanto meu preferido entre seus livros é O Palácio de Inverno, ambientado no presente e no período da Revolução Russa.
Acredito que ainda podemos esperar grandes obras do escritor irlandês.

sábado, 7 de novembro de 2015

1356 - Bernard Cornwell

Tempos depois de finalizada a aventura do Graal, Thomas de Hookton continua na frança, comandando os Hellequins e lutando em nome do conde de Northampton, pela Inglaterra.
No ano de 1356, propriedades vêm sendo incendiadas por toda a França e a população está em alerta. O exército inglês, liderado pelo herdeiro do trono, o Príncipe Negro, está pronto para atacar, enquanto os franceses e seus aliando escoceses tentam emboscá-los.
Ha, entretanto, a lenda de uma arma que pode desequilibrar o conflito. É dada a Thomas a tarefa de encontrar essa arma, a espada de São Pedro, La Malice, um artefato poderoso que poderia dar a vitória a quem a possuísse.
É claro que Thomas não é o único que busca por essa espada mitológica. O cardeal Bessières, antigo inimigo de nosso arqueiro coloca em padre assassino em seu encalço.
Assim começa mais uma jornada de violência, batalhas,  traições, juramentos quebrados e mulheres surpreendentes, todas as melhores características de Cornwell, que nos brinda com suas reconstruções históricas, suas descrições de guerra e suas reviravoltas.