sábado, 26 de maio de 2012

Desespero - Stephen King

Este livro desperta a vontade de ler outros livros de Stephen King.
Um gato espetado numa placa da Rodovia 50 é o mau agouro que anuncia o que está por vir ao professor Jackson e sua esposa, enquanto eles cruzam esta que é a rodovia mais solitária dos Estados Unidos. A viagem começa a desandar quando eles são parados, de uma forma inusitada, por um imenso policial, que depois de muito assustá-los leva os sob custódia.
O mesmo ocorre à família Caver e ao escritor Jonh Marinville.
Este policial é Collie Entragian, um louco disposto a fazer das suas palavras a própria lei. E o pior é que Entragian é apenas uma ponta visível de um terror que tem longos e poderosos tentáculos.
No decorrer da narrativa, o leitor se da conta que neste romance, o grande mestre descreve a luta apocalíptica entre Deus e o demônio, na pequena cidade de Desespero. Pego de assalto nesse fogo cruzado maniqueísta, está o jovem David Caver, que depois de ver sua irmã caçula ser assassinada passa a desempenhar um importante papel nesta batalha.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Continuação: Deixados para Trás - Tim LaHaye e Jerry Jenkins

O sexto livro seria uma boa história de ficção e ação, não fosse a baboseira cristã.
Um enorme exército de cavaleiros-demônios extermina um terço da população não convertida restante.
Após a morte de Floyd, Rayfor, Hattie e tantos outros fiés planejam a morte de Nicolae Carpathia.
Então a história segue seu curso, mostrando os mesmo dramas de sempre, até que o livro termina com...o assassinato de Carpathia!

No sétimo livro, enquanto boa parte do mundo chora a morte de seu líder, a Comunidade Global lança um caçada humana ao assassino. Vários são os suspeitos, mas a identidade do assassino demora a aparecer; o leitor, que a descobre antes, se regozija ao saber.
Um destaque muito legal desse livro são as cenas dos Arcanjos, na quais o Dr. Ben-Judá se encontra alternadamente com Miguel e Gabriel e assiste a diálogos e batalha entre estes, Lúcifer e Javé.
No final, o próprio Lúcifer vem à tona, no corpo do falecido Carpathia!
Na verdade, neste ponto da série, percebo que ela podia ser muito mais curta, se os autores não fossem tão verborrágicos e não superestimassem tanto suas capacidades literária, ela passaria de 13 livros para 5 ou 6. O que seria contraproducente, já que o lucro seria muito reduzido, e isso vai contra os ideais cristãos.
Observação: malditos sejam os parágrafos não justificados!

Confira as demais resenhas da série:
Livro 1
Livros 2 e 3
Livros 4 e 5

sábado, 19 de maio de 2012

Jane Austen a Vampira - Michael Thomas Ford

Este é o livro que transforma autora em personagem.
A renomada escritora Jane Austen agora é dona de uma livraria, e está revolta por não receber direitos autorais e pelo uso indevido de sua obra, e porque nenhuma editora se interessa por seu “novo” livro.
Quando ela, que mudou o nome para Jane Fairfax, consegue ser publicada novamente um fantasma de seu passado ressurge, aquele que a transformara em vampira, Lord Byron, com quem ela tivera um romance e que a abandonara séculos atrás.
Para consegui-la de volta ele ameaça seus amigos Lucy e Walter.
Além desse problema, Jane tem que enfrentar Charlotte Brontë, uma ressentida rival no mundo literário, que também é uma vampira. Esta acusa Jane de ter roubado sua história e pretende acusá-la de plágio.
Bom, daí a história segue o curso com um pouco de ação, ação esta que se faz pouco presente na história, o que contraria a tendência contemporânea do romances vampirescos recheados de lutar e dramas adolescentes.
Na verdade, apesar de Jane ser uma vampira, nesse livro o vampirismo não é nada mais do que um coadjuvante. O tema central é o romance, tipicamente Austen, que se revela muito mais humana do que vampira.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Chanson des Petits Esclaves - Manuel Bandeira

Constellations
Maîtresses vraiment
Trop insouciantes
O petits esclaves
Secouez vos chaînes

Les cicux sont plus sombres
Que les beaux miroirs
Finis les tracas
Finie toute peine.

O petits esclaves
Black-boluez les reines

La folle journée
J'aurai vite fait
D'avoir mis d'amblée
Toutes les sirènes
Sous mes arrosoirs.

Car voici demain

O petits esclaves
Secouez vos chaînes
Donnez-vous la main.

sábado, 12 de maio de 2012

A Primeira Vez à Brasileira - Heloneida Studart & Wilson Cunha

O livro, que foi organizado por H. Studart e W. Cunha, conta com depoimentos de 32 personagens famosos da época em que o livro foi escrito (1977), alguns continuam na mídia até hoje.
Os organizadores dizem querer, além de mostra a vida como ela é, fazer um retrato do comportamento sexual do brasileiro, lembrando, da época.
Alguns dos personagens são:
Di Cavalcanti;
Elke Maravilha, que diz “fui levada para a cama por aquele homem de 32 anos. Não estava envergonhada. E não estava com medo. Mas eu não sabia bem o que fazer com meu corpão.”;
Gilberto Braga, que diz "Namorados não falavam em sexo de jeito nenhum. Sexo era um tabu...";

Marília Pera, que diz “... e assim acabei, na maior tranquilidade, na cama dele, como se fosse no balanço da roda gigante. A experiência não foi fisicamente traumática. Mas quando me dei por conta de que tinha deixado de ser virgem fiquei num terror espantoso.” e 
Ney Latorraca, que diz " Saí mais traumatizado do que realizado".
É um livro muito útil para os que se interessam por psicologia, sexologia e história.
Já a minha primeira vez foi bem diferente das do livro. Foi com uma namorada, uma pessoa especial (na época), e não foi nada de mais, a gente acaba fantasiando um pouco quanto é adolescente... Eu tinha 16 e ela 15 (não foi a primeira vez dela!). As outras foram melhores.

E a sua como foi?

sábado, 5 de maio de 2012

As Crônicas dos Kane: O Trono de Fogo – Rick Riordan

Continuação da saga da família Kane. Retomando:
Os deuses do Egito Antigo foram libertados, e desde então Carter Kane e sua irmã, Sadie, vivem mergulhados em problemas. Descendentes da Casa da Vida, ordem secreta da época dos faraós, ambos têm poderes especiais, mas ainda não os dominam por completo. Eles estão refugiados na Casa do Brooklin, local de aprendizado para novos magos, e correm contra o tempo. Seu inimigo mais ameaçador, Apófis (a serpente gigante que personifica o caos), está se erguendo, e em poucos dias o mundo poderá ter um final trágico.
Para que tenham alguma chance de derrotar o caos, eles precisarão da ajuda de Rá, o deus sol que está adormecido a cinco mil anos! Despertá-lo não será tarefa fácil: nenhum mago jamais conseguiu.
Primeiro, Carter e Sadie terão que rodar o mundo em busca das três partes do Livro de Rá, para depois decifrarem seus encantamentos e salvar o mundo. Tudo isso sem ter ideia de onde está o antigo rei dos deuses e com o relógio contra eles.
Mas não é tão fácil quanto parece, nem todos os deuses estão de acordo quanto a despertar o Faraó; durante a jornada, eles terão de enfrentar deuses descontentes e algo ainda mais perigoso, as próprias dúvidas.
O livro transcorre como uma transcrição de um arquivo de áudio. Carter e Sadie Kane revezam-se narrado os novos acontecimentos descritos como alarmantes, bem ao estilo Riordan.
Magia, mitologia, histórias sobre o Egito Antigo, desentendimentos entre os jovens irmãos Kane e discussões teologicas elementares, são os pontos altos do livro, que reforça a ideia (que eu tanto defendo!) de que literatura (dita) infanto-juvenil pode sim entreter adultos de todas as idades.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Vulgívaga - Manuel Bandeira

Não posso crer que se conceba
Do amor senão o gozo físico!
O meu amante morreu bêbado,
E meu marido morreu tísico!

Não sei entre que astutos dedos
Deixei a rosa da inocência.
Antes da minha pubescência
Sabia todos os segredos...

Fui de um... Fui de outro... Este era médico...
Um, poeta... Outro, nem sei mais!
Tive em meu leito enciclopédico
Todas as artes liberais.

Aos velhos dou o meu engulho.
Aos férvidos o que os esfrie.
A artistas, a coquetterie
Que inspira... E aos tímidos - o orgulho.

Este caçôo-os e depeno-os:
A canga fez-se para o boi...
Meu claro ventre nunca foi
De sonhadores e de ingênuos!

E todavia se o primeiro
Que encontro, fere toda a lira,
Amanso. Tudo se me tira.
Dou tudo. E mesmo... dou dinheiro...

Se bate, então como o estremeço!
Oh, a volúpia da pancada!
Dar-me entre lágrimas, quebrada
Do seu colério carremesso...

E o cio atroz se me não leva
A valhacoutos de canalhas...
É porque temo pela treva
O fio fino das navalhas...

Não posso crer que se conceba
Do amor senão o gozo físico!
O meu amante morreu bêbado,
E meu marido morreu tísico!