sábado, 27 de dezembro de 2014

Morte na Flip - Paulo Levy


Seguindo em uma das minhas paixões literárias: O Romance Policial.
O escritor brasileiro Paulo Levy tem um feito raro em nossas terra, uma sequência de livros. Mais ainda, uma sequência de romances policiais sobre o mesmo delegado, Joaquim Dornelas.
Nesse livro, a fictícia cidade de Palmyra está em polvorosa com a iminente realização do evento literário mais importante do país, a Festa Literária Internacional de Palmyra - Flip (evidente releitura da verdadeira Flip, Festa Literária Internacional de Paraty).
Pouco antes da abertura do evento, Dornelas identifica algo suspeito: um barco sai ao mar no começo da noite levando a bordo um barqueiro e uma passageira. Parece pouco mas é suficiente para inquietar o delegado, que, pouco antes de sair encerrar seu expediente, coloca um subordinado de sobreaviso. Não dá outra, na manhã seguinte o delegado é despertado por uma ocorrência, dois corpos encontrado na praia, um homem, e uma mulher, aparentemente estrangeira.
No curso da investigação, acompanhamos o dia a dia do delegado, um homem recém abandonado pela esposa, que começa a redescobrir o amor (com a médica-legista Dulce Neves). Entre os hábitos notáveis de nosso herói - e ele é pintado mesmo como um herói, com rígidos padrões morais, que zela para que seus subalternos sejam respeitados e respeitadores, que é um pai quase exemplar, mesmo à distância - estão seus costumes alimentares. Com a vida corrida, ele nem sempre consegue fazer refeições propriamente ditas, então, sempre que preciso, recorre a uma receita infalível: seis colheres de farinha láctea, duas de leite em pó e água até completar um consistente mingau duvidosamente nutritivo. Ele também gosta de recompensar o próprio esforço com alguns quadradinho de chocolate ao leito no meio do dia (é ou não uma característica que dá charme a um personagem?!?!).
A tarefa de Dornelas se agrava quando ele descobre que uma das vítimas era uma importante escritora dinamarquesa convidada para participar da Flip.

sábado, 20 de dezembro de 2014

A Passagem - Justin Cronin

Comprei esse livro em janeiro de 2011. Desde então ele está na prateleira esperando pra ser escolhido. Mês passado veio a vontade de lê-lo.
Imaginem a expectativa!
Por um lado foi uma grata surpresa, mas por outro, uma decepção. Surpreendi-me pela ideia inovadora e pela complexidade do enredo, que mistura ficção científica com história de terror, que reinventa os vampiros como uma má sucedida experiência do exército; mas me decepcionei pela narrativa enfadonha e enrolada, que dá voltas e avança pouco, tentando criar uma sensação de suspense mas que leva à distração.
Na história, uma pesquisa pesquisa científica financiada pelo Exército dos Estados Unidos como cobaias homens condenados à morte, e neles injetava um misterioso vírus que lhes retirava a humanidade e a vulnerabilidade. Numa etapa crítica do experimento, as doze cobaias se rebelam e instalam um estado de caos que leva ao fim da civilização como conhecemos.
A partir da segunda etapa do livro, já num futuro devastado por milhares de sugadores de sangue, há referências a uma entidade chama os doze. Mas é aí que entra a confusão, porque além dos doze condenados, existe um décimo terceiro vampiro, chamado de cobaia zero, que aparece apenas no plano de fundo, mas que desempenha uma função primordial.
Outro elemento caótico é Amy, uma incomum menina de 6 anos que também é infectada com o referido vírus, mas  que não sofre da mesma sede de sangue dos outros 12 (ou 13) originais.
A maior parte da ação do livro se dá 100 anos depois do início dos experimentos. Nesse ponto, a humanidade foi dilacerada e nós somos levados a acompanhar a rotina de uma fortificação construída nas montanhas, cercada de muralhas de concreto e holofotes superpotentes, onde uma comunidade tenta sobreviver aos constantes ataques noturnos.

O livro segue por 815 páginas, ora despertando curiosidade, ora causando tédio, de modo que eu ainda não me decidi se leio a continuação. Sim, porque se trata de uma trilogia, e o segundo livro, Os Doze, já está publicado no Brasil. O que me dizem, devo investir meu tempo no segundo livro?

sábado, 13 de dezembro de 2014

OBicho-da-Seda - Robert Galbraith (J. K. Rowwling)

Nesse segundo livro, oito meses após solucionar o caso Lula Landry, Strike foi alçado ao status de celebridade, não só por ser filho do astro do rock Jonny Rokeby, mas por ser o investigador que trouxe justiça à adorada Lula.
A publicidade que seguiu a solução do caso trouxe a ele uma maré de trabalho, tornando o detetive particular mais famoso da metrópole e proporcionando a Strike o luxo de poder selecionar seus clientes e de cobrar o suficiente para sair da pindaíba em que se encontrava.
Nesse período, Strike cuida majoritariamente do mesmo tipo de cliente, gente que o quer como espião, para descobrir se está sendo traído, para descobrir infidelidades antigas e arrancar uma soma maior em um divórcio, para espionar, registrar, seguir, enfim, para que seus serviços rendam lucro ao contratante. Porém, à face de mais uma reunião enfadonha com um engravatado pedante, Strike é procurado por uma senhora de meia idade, de aparência simples que está preocupada com o marido, desaparecido.
Leonora Quine é casada com o escritor Owen Quine, de mediano sucesso, mais famoso por seus arroubos egocêntricos do que pela qualidade de sua literatura. Owen já desaparecera diversas vezes antes, sempre voltando em poucos dias com a conta do hotel para sua agente acertar; mas dessa vez já se passaram dez dias e Leonora está sem dinheiro para manter a casa e a filha excepcional.
A princípio, ela queria apenas que Strike encontrasse o marido e o mandasse de volta pra casa, mas quando ele o encontra, só e possível mandá-lo para algum lugar em grandes sacos de evidências. Quine fora cruelmente amarrado, assassinado, desmembrado, queimado, tal qual o personagem principal de seu último romance.
Para complicar a trama, no mesmo livro em que descreve sua futura morte, Quine adapta seus colegas de trabalho, amigos e família como personagens da trama de um modo que deixasse cada um deles com vontade de matá-lo.

Tanto esse quanto o primeiro livro foram lançados também em capa dura, um mimo da Rocco para os leitores.

sábado, 6 de dezembro de 2014

O Chamado do Cuco - Robert Galbraith (J. K. Rowwling)

O Chamado do Cuco está, definitivamente, entre os cinco melhores livro que eu li ano passado. Em sua nova proposta, Rowling pulica sob o pseudônimo de Robert Galbraith porque queria ter a chance de se sentir novamente como uma escritora iniciante e ver seus livros venderem por suas histórias, e não por levarem o seu nome.
Na nova empreitada, ela mergulha no universo dos romances policiais com o detetive (veterano de guerra) Cormoran Strike e sua assistente Robin Ellacot. Fugindo dos clichês e do lugar comum em um dos estilos mais populares da literatura, Rowling (ou Galbraith) mostra que sua marca registrada é o talento, criando um detetive que cai nas graças do público e faz seus fãs se impacientarem a espera de uma continuação. Felizmente, ela anunciou, pouco depois do lançamento do segundo livro, que já está escrevendo o terceiro, e que planeja, no mínimo, um total de oito (!).
Em sua primeira aventura, Cormoran Strike está falido. Depois de deixar a Policia Militar Real (polícia interna do exército britânico) com a perna arrebentada por uma mina no Afeganistão, Strike se dedica a investigações particulares, mas vê sua carreira escorrer por água abaixo junto com seu noivado.
A situação se reverte quando no mesmo dia ele encontra uma nova secretária e um novo cliente. Robin chega ao escritório de Strike como uma solução temporária, mas gradativamente conquista o seu espaço. Já o novo cliente, é o irmão de uma famosa modelo que teria se suicidado poucos meses antes.
No curso da investigação, conhecemos e passamos a adorar Cormoran Strike.

Confira na semana que vem o meu comentário sobre a sequência de O Chamado do Cuco, O Bicho-da-Seda.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Participe do livro LEGADO DE SANGUE - CONTOS SOBRENATURAIS, DE SUSPENSE E DE TERROR - Inscrições abertas para o envio de textos.

"Até 31 de dezembro de 2014, a Andross Editora estará recebendo contos sobrenaturais, de suspense e de terror para publicação no livro LEGADO DE SANGUE”
 

A Andross Editora está recebendo contos de novos escritores para publicação no livro "Legado de sangue - Contos sobrenaturais, de suspense e de terror”, a ser lançado em maio de 2015 no evento Livros em Pauta.

Qualquer pessoa pode participar. Basta acessar o site www.andross.com.br, ler o regulamento de participação e submeter seu texto à avaliação. As inscrições vão até 31 de dezembro de 2014.


SINOPSE DO LIVRO:
Poe, Lovecraft, Shelley, Stoker e outras lendas da literatura de horror não produziram só histórias para assustar. Esses mestres criaram formas de prender o leitor em pesadelos escritos, habitados pelos monstros mais horrendos que uma mente pode conceber. Inspirados nessa herança literária, os autores de “Legado de Sangue” se propuseram a continuar a tradição e criaram contos que surpreendem e assustam tanto quanto um ser que espreita na escuridão, esperando por sua vítima..


 
Alfer Medeiros
“Nosso objetivo é publicar contos que causem frio na barriga e arrepio nos pêlos da espinha”, brinca Alfer Medeiros, organizador do livro.



SERVIÇO: 
Livro:Legado de sangue - Contos sobrenaturais, de suspense e de terror
Organização: Alfer Medeiros
Envio do texto: até 31/12/2014
Lançamento: Maio de 2015 (no evento Livros Em Pauta
Regulamento: no site www.andross.com.br 
Realização: Andross Editora