sábado, 27 de agosto de 2011

Agatha Christie, a Rainha do Crime

Agatha May Clarissa Mallowan nasce em Torquay, Inglaterra, no dia 15 de setembro de 1890, foi uma das maiores escritoras de todas os tempos, com mais de 80 ramances publicados. Ela é conhecida como a Rainha do Crime, ou Duquesa da Morte, por escrever (quase exclusivamente) romances policiais envolvendo grandes assassinatos.
Agatha passou a infância e a adolescência num ambiente quase recluso, pois sua mãe se encarregou de dar-lhe formação cultural, proibindo-a de freqüentar escolas públicas. Tinha trinta anos quando conseguiu publicar seu livro de estréia, O misterioso caso de Styles (1921).
Casou-se pela primeira vez em 1914, com o Coronel Archibald Christie, piloto do Corpo Real de Aviadores. O casal teve uma filha, Rosalind, e divorciou-se em 1928. Durante a Primeira Guerra Mundial, Agatha trabalhou em um hospital e em uma farmácia, funções que influenciaram seu trabalho: muitos dos assassinatos em seus livros foram cometidos com o uso de veneno.
Em 1930, casou-se com o arqueólogo Sir Max Mallowan, e suas viagens juntos contribuíram com material para vários de seus romances situados no Oriente Médio. Em 1971 ela recebeu o título de Dama da Ordem do Império Britânico.
Agatha Christie morreu em 12 de janeiro de 1976, aos 85 anos de idade, de causas naturais, em sua residência
Foi pioneira ao fazer com que os desfechos de seus livros fossem extremamente impressionantes e inesperados, sendo praticamente impossível ao leitor descobrir quem é o assassino.
Ela criou dois personagens inesquecíveis: o detetive belga Hercule Poirot, com suas prodigiosas celulazinhas cinzentas no cérebro, e Miss Marple, uma solteirona simpática, observadora sagaz e tão cerebral quanto o detetive belga. Antes de morrer, cuidou de preparar a despedida de Miss Marple; e voltou a mansão Styles, cenário de seu primeiro livro, para encerrar a carreira de Poirot em Cai o pano. Tudo como medida para que seus personagens não fossem desvirtuados após sua morte.

sábado, 20 de agosto de 2011

Febre - Robin Cook

O primeiro livro de Robin Cook que eu li, pegando emprestado na empoeirada biblioteca de meu avô, conta a história de uma família que vive feliz em uma cidadezinha pacata no interior dos Estados Unidos, chamada Shaftesbury. Um ex-médico que agora dedica sua vida à pesquisas do câncer, se mora com seus dois filhos Chuck e Jean Paul, sua filha Michelle e ainda sua nova esposa Cathryn.
Eles vivem próximos ao rio Potomac, que cruza toda a cidade, onde é interrompido por diversas fábricas, entre as quais uma instituição química chamada Recycle Ltd., fábrica de reciclagem de borracha, plástico e vinil.
Charles (o pai) tem feito muito progresso em suas pesquisas com o câncer. Ele busca descobrir uma forma de fazer o sistema imunológico ser forte o bastante para conseguir destruir as células cancerígenas e sente que está prestes a descobrir algo grande.
Sua filha Michelle tem apresentado febre nas últimas semanas e o que parecia apenas um resfriado, escondia algo que traria o terror para a vida de Charles e sua família.
Levada ao pediatra, descobre-se que Michelle tem leucemia mieloblástica, o tipo mais agressivo da doença, com casos fatais em 99% dos casos.
Ao descobrir que a Recycle Ltd. despeja benzeno no rio Potomac, e que esse fato pode ter relação com a doença da filha, o pai se envolve em acontecimentos que vão desde a procura de um órgão que possa fechar a Recycle Ltd., até o rapto de Michelle do hospital para sua casa, onde continua suas pesquisas com os aparelhos roubados de seu antigo emprego, usando o próprio corpo como cobaia.
Emocionante e envolvente, este livro é de arrepiar!

Outros títulos do autor:
Cérebro;
Coma.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Nêmesis - Agatha Christie

Lendo este livro, ressurgiu-me ideia de que (como já havia lido em algum outro blog) Miss Marple seria uma espécie de alter ego da autora. Por hora, fica apenas a ideia...
O livro começa com Miss Marple sentada em sua grande poltrona, diante da lareira em sua casa em St. Mary Mead. Enquanto lia seus jornais, repetiu em voz baixa, para si mesma, a estranha frase, que evocava um outro cenário: palmeiras tropicais, o mar azul do Caribe, e ela própria, correndo pela noite quente e perfumada da ilha de St. Honoré em busca de socorro para tentar salvar uma vida. Naquela noite a primeira palavra que lhe ocorreu fora Nêmesis.
Instigante, talvez seja uma palavra adequada para descrever este livro. Também acho pertinente dizer que quase morri de curiosidade ao ler este livro; embora seja o mais confuso dos livro de Agatha, dando poucas informações e muitas sugestões, desorienta o leitor.
O mais interessante é perceber como toda a trama, os acontecimentos, as tragédia, e as reações, já estavam previstas por Mr. Rafiel, ao dar à Miss Marple a missão de ser sua Nêmesis.
E no final, ao melhor estilo Agatha Christie, quem aparentava ser vilão se mostrou mocinho, e quem se mostrava mocinho se revelou vilão.
Agradeço ao amigo Gustavo por este livro.

sábado, 13 de agosto de 2011

Gone: desaparecer - Lisa McMann

Este livro começa logo após o julgamento decorrente do livro anterior, mas os problemas de Janie não cessam; ela achou que já sabia o que o futuro lhe reservava.
E pensou que estava em paz com isso. Mas não suporta ver Cabel afundando com ela. E ele não está reagindo nada bem, ambos estão enfrentando o problema de um modo diferente, isolados.
Mesmo assim, eles tentam agir como antes, não imorta os sonhos dele, Janie sabe que ele ficará com ela. Ele é incrível. E ela um desastre total. Janie só vê uma maneira de dar a Cabel a vida que ele merece - ela precisa desaparecer. Mas isto destruirá os dois.

Então, um estranho entra em sua vida - e tudo se desfaz. Ela se vê colocada em cheque, enfrenta situações cada vez piores com sua mãe. E esse estranho, que traz a tona questões a muito esquecidas ou já resolvidas. Seu futuro, entes previsto, sofre uma reviravolta trágica e suas escolhas se tornam mais terríveis do que Janie jamais imaginou. Ela só precisa escolher o menor dos dois males. E o tempo está se esgotando...

É essa terrível escolha que norteia e permeia todo o livro, talvez por essa repetitividade, ou pela falta da ação característica da série, este que finaliza a trilogia é o "menos bom" dos livros.

Mesmo levando-se isto em consideração a série vale a pena. Espero que a autora ainda escreva mais...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cartas de Meu Avô - Manuel Bandeira

A tarde cai, por demais
Erma, úmida e silente...
A chuva, em gotas glaciais,
chora monotonamente.

E enquanto anoitece, vou
Lendo, sossegado e só,
As cartas que meu avô
Escrevia a minha avó.

Enternecido sorrio
Do fervor desses carinhos:
É que os conheci velhinhos,
Quando o fogo era já frio.

Cartas de antes do noivado...
Cartas de amor que começa,
Inquieto, maravilhado,
E sem saber o que peça.

Temendo a cada momento
Ofendê-la, desgostá-la,
Quer ler em seu pensamento
E balbucia, não fala...

A mão pálida tremia
Contando o seu grande bem.
Mas, como o dele, batia
Dela o coração também.

A paixão, medrosa dantes,
Cresceu, dominou-o todo.
E as confissões hesitantes
Mudaram logo de modo.

Depois o espinho do ciúme...
A dor... a visão da morte...
Mas, calmado o vento, o lume
Brilhou, mais puro e mais forte.

E eu bendigo, envergonhado,
Esse amor, avô do meu...
Do meu - fruto sem cuidado
Que ainda verde apodreceu.

O meu semblante está enxuto.
Mas a alma, em gotas mansas,
Chora abismada no luto
Das minhas desesperanças...

E a noite vem, por demais
Erma, úmida e silente...
A chuva em pingos glaciais,
Cai melancolicamente.

E enquanto anoitece, vou
Lendo, sossegado e só,
As cartas que meu avô
Escrevia a minha avó.

sábado, 6 de agosto de 2011

Cinco Dias em Paris - Danielle Steel

De fato nada parece estar em falta na vida do bem-sucedido Peter Haskell.
Ele é o presidente de uma companhia farmacêutica, tem poder, posição, uma carreira e uma família pela qual se sacrificou bastante e que é tudo para ele. Mas as aparências...
Quanto a Olivia Thatcher, é esposa de um senador famoso, e sempre viveu em função do marido dedicando-se de alma e coração às suas ambições e à sua carreira. Mas ela carrega uma marca pela morte do filho, vítima de câncer aos dois anos de idade
Peter e Olivia conhecem-se casualmente numa noite de junho na Place Vendôme em Paris e, apesar das suas vidas totalmente diferentes, descobrem que são almas gêmeas; após compartilharem seus dramas pessoais num café de Montmartre, descobrem a paixão, e a selam na noite seguinte num quarto de hotel. Tudo o que se podem permitir são cinco dias na capital francesa, após os quais pensam retornar às suas respectivas vidas.
Ao final de cinco dias, Peter e Olivia percebem que suas vidas, antes tão diferentes, estão ligadas de forma definitiva, mas não podem prever o que acontecerá quando voltarem para casa e percebem que em seus casamentos nada é como dantes.
Já disse aqui que Steel é uma das maiores mentes da literatura mundial, mas neste romance ela se supera. Talvez ele tenha me marcado tanto por ter sido meu primeiro contato com a autora, talvez seja sua obra prima...