
O Perfume, um romance do escritor alemão Patrick Süskind, é um dos livro que eu mais gostei de ter lido. Se possível leiam antes de ver o filme (que é também muito bom!).
A história situa-se no século XVIII, em Paris. O protagonista, Jean-Baptiste Grenouille, nasceu no meio de tripas de peixe atrás de uma banca, onde a mãe, que algumas semanas depois foi executada por infanticídios, vendia peixe (ele só sobrevive por sorte!). Grenouille possui duas características excepcionais. A primeira é o fato de não ter cheiro nenhum, o que assusta sua ama e as crianças com quem ele vive no orfanato, mas que permite que ele passe totalmente despercebido. Durante a história, essa ausência de odor, de que ele se dá conta somente bem mais tarde, será compensada pela criação de perfumes mais ou menos atraentes, que Grenouille utiliza de acordo com as circunstâncias a fim de ser notado pelos outros (o resultado é incrível!).
A outra é que ele tem um olfato extremamente desenvolvido, o que lhe permite reconhecer os odores mais imperceptíveis. Consegue percebê-los por mais longe que estejam e armazena-os todos em sua memória, também excepcional para relembrar aromas. Esse olfato é sua única fonte de alegria, que ele aproveita para confeccionar, sem a mínima experiência, perfumes de qualidade excepcional. Também vale ressaltar que ele não se importa se os odores que inala são bons ou ruins, mas sim que sejam novos para ele.
Durante a sua vida teve vários acidentes e doenças, trabalhou como aprendiz de curtidor de peles e depois como aprendiz de perfumista e, graças às suas características, enquanto foi aprendiz de perfumista aprendeu várias técnicas para a criação de perfumes.
Grenouille um dia encontra uma jovem, com um perfume totalmente diferente de todos os outros milhares de aromas que ele guardara na memória, e acabará por matá-la, com as suas próprias mãos, de tanto desejar apoderar-se do seu odor. Mas, esta jovem é apenas uma das muitas jovens que o protagonista acaba por matar (26 no total), em busca do perfume perfeito.
No final da história, Grenouille volta a Paris, onde decide se livrar do perfume perfeito que havia finalmente produzido (e que usou apenas uma vez, mas que valeu a pena”) de uma maneira intrigante.