sábado, 10 de julho de 2010

O Garoto no Convés – John Boyne


Essa semana eu me diverti muito lendo esse que é daqueles livros que me fazem lembrar que a literatura é o melhor dos hobbies. Com ele você viaja, se diverte, se informa...
O livro é narrado pelo próprio personagem, o jovem inglês John Jacob Turnstile, que para escapar de um ano de cadeia (sim, ele é um jovem delinqüente) embarca em um decadente navio da marinha inglesa, o Bounty, como criado do capitão.
Ele não sabe muito bem qual é o destino ou a razão da viagem, apenas que a meta é chegar à Otaheite (Taiti), ele também não se importa muito, pois pretende fugir na primeira oportunidade. Com o tempo ele passa a compreender o funcionamento e o dia-a-dia do navio, a conhecer as peculiaridades dos marujos e a desenvolver uma relação de lealdade com o capitão Bligh.
Posteriormente ele descobre que o propósito da viagem é conseguir um meio mais barato de alimentar os escravos da coroa inglesa em além mar.
Na viagem de ida até Otaheite não há grandes transtornos, mas a partir do momento em que eles estão na ilha, a relação entre a tripulação muda. Turnstile conhece os encantos femininos. O resto da tripulação também se entrega aos prazeres proporcionados pelas nativas, e a partir daí começam os rumores de um iminente motim. Após o motim os que permanecem leais ao capitão seguem viagem em uma barca. Eles passam por um longo período de dificuldades a deriva; no fim eles alcançam um meio de voltar à Inglaterra, não sem algumas baixas na tripulação.
Neste livro Boyne se coloca realmente no lugar do narrador-personagem (aliás, esse parece ser o estilo dele), por isso parece mesmo que foi o jovem Turnstile que o escreveu.
Concordando com o texto de capa do livro, ele é uma empolgante mistura de romance de formação, aventura marítima e reconstituição histórica.
O autor também escreveu “O Menino do Pijama Listrado” (vale à pena lê-lo). É importante salientar que em “O Garoto no Convés”, há um final feliz.

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