sábado, 2 de abril de 2011

A Incrível Viagem de Shackleton

Primeiramente gostaria de afirmar que Sir Ernest Shackleton foi um herói, mesmo ele não se considerando um. É também deduzi que fora um homem muito inteligente, sua astucia tática se faz clara ao olhar deste leitor na forma em que o capitão organiza as barracas e seus habitantes, logo após “decretar” o naufrágio. Já sua coragem é atestada pela decisão de (junto com poucos homens) se arriscar no mar em um escaler para chegar à Geórgia do Sul para conseguir ajuda. Atitude esta que resulta no salvamento de toda a tripulação. O livro se constrói de forma esplêndida, há momentos em que é como se fizéssemos parte da tripulação do Endurance, além de uma boa história é também uma lição de sobrevivência em condições extremas. E faz notar as alegrias da tripulação a cada conquista/avanço e suas lamurias a cada retrocesso.
A maioria das novas conquistas revela um desafio pior do que o anterior, como quando eles chegam à esperada Ilha Elephant, e descobrem o quão inóspita ela é, de forma que rapidamente todos querem abandonar a ilha e se lançar novamente ao furioso mar antártico.
Estes homens enfrentam o frio, o mar, o vento, a neve, o sombrio inverno antártico, a fome, a sede, a saudade de suas mulheres, de casa e de seus vícios, além de escalar uma montanha de gelo; tudo em nome de uma missão, uma missão de sobrevivência.

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