sábado, 15 de agosto de 2015

O País dos Cegos e Outras Histórias - H. G. Wells

Pensar em H. G. Wells é pensar em imaginação.
Imagine-se como o único vidente e um país de cegos. Seria você rei, como sugere o ditado "em terra de cego quem tem um olho é rei"? Mas e se os cego, após gerações e gerações de cegueira, tivessem desenvolvido métodos novos para organizar sua sociedade? Se tivessem levado a visão a um status supérfluo? Se não compreendessem o conceito de enxergar? É esse o cenário do primeiro conto do livro.
No segundo, somos confrontados com a hipótese de uma estrela se colidir com o distante planeta Netuno. Que efeitos sofreríamos na Terra? Como os Marcianos avaliariam a situação?
E como seria descobrir-se no campo de batalha com uma infantaria tradicional a enfrentar os primeiros tanques de guerra?
Imagine também um jovem que encontra um diabólico velhinho com planos de imortalidade oferecendo sua herança a qualquer jovem saudável e talentoso.
Qual o menino que não adoraria entrar em uma loja de mágica? Mágica de verdade? Coelhos surgindo da cartola, bolas de vidro aparecendo do nada, trenzinhos que se movem ao comando da voz, soldadinhos de chumbo que se movem ao comando do general. E qual pai não adoraria uma loja que não cobrasse por seus brinquedos?
A imaginação de Wells se estende também para o longínquo e selvagem Brasil, onde formigas de 5cm estão consolidando um império, banindo os moradores e destruindo todo o país.
E se fosse possível um medicamento que acelerasse o metabolismo a ponto de colocar-nos em uma velocidade diferente do resto do mundo, como se houvéssemos parado o tempo? Seria possível realizar trabalhos complicadíssimos em minutos, percorrer longas distâncias em segundos, dormir menos de meia hora por dia... mas, e quanto às complicações biológicas de tal alteração?

A imaginação de Wells parece ser infinita!

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