sábado, 5 de outubro de 2013

A Dama das Camélias - Alexandre Dumas (filho)

Sempre associei este livro a uma certa libertinagem, mesmo antes de saber que se tratava da história de uma cortesã, pois lembrava me de um colega que que dizia às nossas colegas de escola que era o único livro que ele gostava, e o dizia com o mesmo olhar malicioso que usava para falar dos garotos com que se envolvia.
Mas a leitura me surpreendeu muito, não só pela abordagem romântica do livro (chamado até de hino ao amor), mas pela fluidez e clareza da narrativa, incomum tanto nos escritos do século XIX quanto na literatura francesa.
Trata-se da história de Marguerite Gautier, uma cortesã (espécie de prostituta de luxo) parisiense que ganhara a alcunha de A Dama das Camélias por sempre ir ao teatro com um buquê destas flores, ou brancas ou vermelhas; já começamos com a personagem central morta, vítima de tuberculose. O narrador diz que tomou conhecimento da história de Marguerite através de um de seus amantes, Armand Duval, que regressara à Paris ao saber de seu falecimento.
Marguerite era parcialmente sustentada por um velho duque, que via nela sua falecida filha revivida. Porém, mesmo com esse patrocínio ela não deixava de receber a visita de outros cavalheiros. Um desses era Monsieur Duval; o diferencial é que ela se apaixona por ele, tal como ele por ela. O amor faz com que ela abandone a vida que levava (incluindo o duque) e passasse a viver como Madame Duval.
Toda a relação é permeada por várias brigas do casal, causada pelos ciúmes de Armand e pelo gênio de Marguerite.
De um modo geral é uma história triste. Mas é também um clássico da literatura mundial, imperdível.

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