quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Memórias Desmortas de Brás Cubas - Pedro Vieira

Há tempos eu estava à procura  deste livro para finalizar o que chamei de "série de clássicos revistos", como Dom Casmurro e os Discos Voadores, Senhora, a Bruxa e O Alienista Caçador de Mutantes. Foi muito bom tê-lo encontrado no Livros em Pauta, pois pude comprá-lo por um preço muito baixo. Do contrário seria uma lástima.
Decepcionante, é o primeiro adjetivo que associo ao livro. Na sequência, penso em enfadonho, mal escrito, clichê e outras palavrinhas menos educadas...
Para começar, diferentemente das outras revisões (citadas acima), este livro não se propõe a recontar a história original, mas a dar uma continuidade.
Não entendo isso como uma paródia...
O estilo do autor é pobre e imaturo; suas frases são mal construídas e repetitivas; enfim, ele envergonharia Machado!
Um exemplos do que ele considera boa escrita:
"Mencionei, nas Memórias anteriores, que antes de morrer trabalhei arduamente em meu emplasto [...] irei finalmente dar mais detalhes de como essa maravilha funciona [aqui ele se enrola, faz uma confusão e não diz nada, depois continua]. Ou seja, eu disse que iria finalmente dar detalhes, mas não dei. Menti. Isso que dá confiar tanto assim em um morto..."
Vieira também mistura personagens de outras obras machadianas (como A Cartomante e O Alienista). Talvez possam interpretar que isso cria a sugestão de que os personagens conviviam na imaginação do Imortal, mas, para mim, isso soa caótico e cheira a "forçação de barra".

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