sábado, 26 de outubro de 2013

Lucílola - José de Alencar

Alencar dá voz à Paulo Dias, que conta a história de seu relacionamento com uma mulher, explicando inicialmente que não o fizera de viva voz, e sim em forma de carta, em virtude de, na ocasião de uma visita a que alude, estar presente a neta da própria destinatária.
Logo após ter chegado ao RJ, Paulo foi convidado por um amigo, o sr. Sá, a acompanhá-lo à Festa da Glória, quando lhe atraíra a atenção uma jovem e bela mulher que, de início, não identificara como cortesã.
Lúcia era, assim, uma mundana de rara beleza e suave aspecto, que faziam parecer uma jovem inocente. Pelo menos, essa foi a impressão que levou Paulo a se apaixonar por ela.
Foi apresentado por Sá, que já fora seu amante. Mesmo sabendo disso, ele continuou a idealizá-la, sendo seu amigo por um tempo, antes de se tornar seu amante.
Paulo não a queria apenas como uma cortesã, famosa pelos requintes no amor, e sentia que ela também, na maneira de tratá-lo, nos seus silêncios, nos seus beijos e carícias, o amava realmente.
Viveram juntos uma relação alternada entre brigas e reconciliações, em que Lúcia, por vezes, voltava a seu ofício.
Lúcia contava-lhe, aos poucos, a sua história, de sua família, que viera morar na Corte e viviam dignamente, até que a epidemia de febre amarela levou a todos, restando apenas ela. Assim foi que, por necessidade, entregou o seu corpo a um ricaço de nome Couto, para conseguir ajuda. Depois disso, o caminho estava aberto à prostituição.
Após tal confissão, de que resultou um perfeito entendimento entre os dois, Lúcia foi morar numa casinha de Santa Teresa, que alugara, em companhia da irmã. Afastou-se da vida mundana para receber apenas a visita de Paulo.
O final, trágico, como não poderia deixar de ser, fica para você descobri...

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